Existe um tema recorrente que tem deixado a população à espera de uma solução: as piscinas municipais.
A falta de um novo equipamento, adequado às necessidades e exigências da cidade, tem sido um dos maiores obstáculos ao bem-estar e crescimento da nossa comunidade. Ao longo dos anos, foram feitas promessas, mas, infelizmente, essas promessas ainda não se concretizaram, deixando São João da Madeira a perder, ano após ano.
A história das piscinas municipais começa, de forma decisiva, em 2014. Foi neste ano que a oportunidade de construir um novo equipamento de piscinas, com comparticipação dos fundos comunitários, foi rejeitada pelo Partido Socialista, na altura na oposição, e pelo eleito do Movimento Independente SJM Sempre, que votaram contra a sua construção. O projeto estava em andamento, com a possibilidade de receber apoio financeiro, o que permitiria à cidade uma infraestrutura moderna e eficiente. No entanto, os interesses partidários prevaleceram sobre a necessidade da cidade, e a proposta foi bloqueada.
Quem se opôs a este projeto? Alguns dos atuais protagonistas, que hoje se dizem favoráveis à construção de novas piscinas, mas que na altura preferiram rejeitar uma proposta que teria mudado a realidade de São João da Madeira. Com isso, a cidade perdeu a oportunidade de oferecer uma infraestrutura diferenciada, que poderia ter trazido mais atratividade e centralidade ao concelho. A decisão tomada, naquele momento, custou à cidade a oportunidade única e crucial de modernizar as suas infraestruturas, garantindo um equipamento de qualidade que teria beneficiado a população nas próximas décadas.
O que vemos hoje é uma mudança de discurso do mesmo Partido Socialista, que em 2014 rejeitou o projeto, mas que, em anos eleitorais, se coloca ao lado da promessa de construção das novas piscinas. Será isso uma verdadeira vontade ou apenas mais uma manobra eleitoral? A história sugere que, infelizmente, estamos diante de mais um ciclo de promessas não cumpridas!
Há quem defenda, por razões políticas, que os sanjoanenses os mandataram para cumprir com o programa eleitoral. No entanto, passados dois mandatos consecutivos, o tema das piscinas foi destacado como uma prioridade. E, no entanto, a cidade continua à espera de uma solução. As promessas feitas nos programas eleitorais são continuamente adiadas. Em vez de se avançar para a construção de um novo equipamento, o que temos são promessas vazias e soluções temporárias que não resolvem o problema de fundo.
O equipamento existente, já obsoleto, continua a ser alvo de reparações e encerramentos, que, em vez de melhorar a situação, apenas adiam uma decisão que se impõe há muito: a construção de novas piscinas.
São João da Madeira continua a perder. Perdemos não só uma infraestrutura de lazer e desporto, mas também uma grande oportunidade de atrair mais pessoas, dinamizar a economia local e melhorar a qualidade de vida e o bem-estar dos sanjoanenses e de quem nos visita. Hoje, a cidade tem uma piscina cheia de patologias e limitações, que não consegue atender às necessidades da população de forma eficaz. Enquanto isso, continuamos a viver de promessas e soluções paliativas.
Está a chegar o momento de tomar decisões claras e definitivas. São João da Madeira não pode continuar a ser refém da indecisão de quem lidera os destinos da cidade. O que pretendemos é uma cidade com futuro e o bem-estar dos seus habitantes. São João da Madeira precisa de um novo equipamento, moderno, eficiente, adaptado às necessidades da população e com a capacidade de atrair visitantes, que dignifique o concelho e a região.
Passaram dois mandatos, oito anos, e ainda estamos à espera da concretização dessa promessa. São João da Madeira merece mais do que promessas. Merece ações concretas.
De arranjo em arranjo, para quando “arranjar” uma piscina nova?
Provavelmente só com um novo Presidente!