Mais uma vez a minha mente leva-me até ao local onde nasci: Santo António dos Olivais, em Coimbra. Julgo ser um exercício mental de todo o mundo, recordar as raízes! Nesta viagem recordo o nome de dois penedos existentes nesta zona: o Penedo da Saudade, mais urbano, onde podemos observar o imponente estádio municipal e os bairros adjacentes (Norton de Matos, S. José, etc). Ali podemos ler alguns poemas inscritos em pedras que ao longo dos anos ali foram colocados. Noutro extremo da freguesia, outro penedo, este mais “rural”, se bem que hoje em dia também “invadido” pela construção... de qualquer modo, a vista que nos oferece é de uma paz enorme, mesmo a fazer jus ao seu nome: Penedo da Meditação! Lembro-me, quando criança, este ser um dos meus locais preferidos para retiro e poder fugir a uma realidade que, acreditem, não era nada agradável, bem essa parte é só minha, ficou lá.
Bem, perto do penedo existia um pinheiro secular. Era motivo de estudo nos livros de geografia do secundário na época e dava o nome ao local: era o Pinheiro Manso, majestoso, enorme. E por interesses imobiliários foi abaixo... Recordo, com saudade, a quantidade de pinhões que parti com uma pedra e que eu e meus amigos comíamos.
Artigo disponível, em versão integral, na edição nº 3834 de O Regional, publicada em 11 de março de 2021.