Palavras do tempo, no nosso tempo.... O Tempo… No Tempo de Galileu

Um dia, Galileu estava com um amigo em sua casa e este perguntou-lhe:
“Quantos anos tens?” Responde o astrónomo: “Na melhor das hipóteses, oito ou dez” O interlocutor ficou surpreendido porque a resposta estava em evidente contradição depois de ver a sua veneranda barba branca e desabafou: “Não brinques comigo…” E perguntei novamente quantos anos ele tinha. Galileu dissertou desta maneira: “Pois, meu amigo, na melhor das hipóteses só tenho oito ou dez, porque serão os anos que me restam de vida. Os anos que vivi já não os tenho. Pertencem ao passado. São como o dinheiro que já gastamos; já não o temos porque o trocamos por alguma coisa.” E acrescentou: “Crescemos em sabedoria se valorizamos o tempo.”
Muitas vezes dizemos espantados: como o tempo passa! Na verdade, não é o tempo que passa, somos nós que passamos…
O astrónomo italiano sabia bem que estamos aqui de passagem ou, como diz S. Paulo, “não temos aqui morada permanente”. Somos peregrinos e é bom pensar na meta que nos espera. A certeza de que o nosso caminhar terreno tem um final, é o melhor recurso para valorizarmos mais cada minuto que percorremos. Assim, podemos aproveitar com toda a convicção para melhor saber receber o presente que Deus nos dá em cada dia de vida na nossa vida: o tempo PRESENTE!
Convém saber viver cada dia como se fosse o último. Neste contexto, é habitual dizermos; o ontem já foi e o amanhã ainda não chegou…

Lembrar os sinos das Igrejas

Os sinos das nossas Igrejas são e continuam a ser, um dos meios de comunicação mais antigos. Pelo seu toque, toda a gente nas cidades e aldeias sabia que ia acontecer um batizado, casamento ou funeral. Também o toque de chamamento para as missas, ao quando havia algo de aflitivo que se passava na povoação, tocava a remate.
Nalguns sinos antigos encontramos ainda inscrições em latim:
Laudo Deum verum, plebem voco, congrego cleram.
Defunctos ploro, nimbum fugo, festa decoro.

Tradução em português:
Louvo o verdadeiro Deus, convoco o povo, congrego o clero.
Choro os defuntos, afasto a tempestade. Ornamento as festas.
Desejo a todos uma Santa Páscoa.