Opinião

Otimismo...

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Hoje resolvi abraçar o otimismo, como se isso pudesse ser assim. Às tantas até é. Podemos escolher ser uma coisa ou outra. Mesmo fazendo de conta, abro os braços, inspiro o ar puro que me é oferecido pela natureza, usufruo da vitamina D deste sol brilhante, que se faz sentir no dia de hoje, e, que acreditem tem responsabilidade no nosso estado de espírito.
Para me manter otimista convém não ligar a televisão, porque se o faço serei logo invadido por muitas coisas que não quero ouvir ou ver neste momento. A depressão pode aparecer. Ai, a depressão, porque é que sem querer segui para esta zona que devia ser proibida, mas aparece?!. É a minha natureza, e de muitos mais milhões, quando chega dezembro. Lá se vão os optimismos! Nem mesmo a palavra Natal nos faz sorrir. Ou devia? Há quem afirme que rir é o melhor remédio. Infelizmente acontecem tantas coisas tristes que o apetite de rir desvanece-se. Por estes tempos sente-se o forte apelo ao consumismo. Bem, podem dizer “Não consumas”... Pela parte que me toca, estou à vontade, não tenho capital para desperdiçar. Até nem me incomodava muito ter possibilidade de consumir, mas não... Felizes os que através do consumo acham que fazem felizes os seus parceiros.
Estava esperançado de que esta crónica fosse um pequeno hino ao otimismo. É mais forte do que eu. Esta altura do ano, as memórias estão tão presentes que o tal otimismo que eu pretendia é deitado pela borda fora sem hipótese de salvamento.
Hei! Não se deixem embalar pelas minhas amarguras e tristezas.
Sentindo o calor ou o frio nas nossas mãos, vamos aquecer os nossos corações! E acreditar que tristezas não pagam dívidas e vamos festejar, porque a época tem de ser, quer queiramos ou não de enorme alegria. Vamos sorrir, vamos rir, vamos tentar contagiarmo-nos todos com uma boa dose de amor, que a época impõe! De forma poética fui para a rua, fim de tarde, aquela morrinha chata, tipo molha tolos, com o meu cão pela trela, umas vezes puxo eu outras faz ele o trabalho, deixando as marcas em todas as árvores que encontra pelo caminho. As luzes natalícias, lá estão... sem críticas. Aprecio o esforço de quem as lá colocou, a minha apreciação não vai para a criatividade. Continuo a caminhada, as luzes dos automóveis e o seu movimento incomoda-me... as buzinas fazem-se ouvir, queixando-se de alguma asneira que algum condutor tenha cometido. É inevitável. A não ser que mude de passeio, como alguns fazem para evitar encontros. Temos um enorme gosto em trocarmos palavras de circunstância com amigos e conhecidos que vamos encontrando pelo caminho. Bem, alguns há que há muito tempo não os víamos!
Neste caminhar, que era no fundo procurar um pouco que fosse de optimismo, engano meu. Vim pior do que quando saí de casa. Que havemos de ser... há-os optimistas militantes, do mesmo modo os pessimistas, e, há-os que nem uma coisa nem outra. Voltamos ao princípio. Em que é que ficamos? Naturalmente que ser otimista ajuda. Quanto mais não seja, na saúde mental. Sorrir e rir ainda é o melhor remédio. Confesso que esta crónica começa a ficar confusa, mas lembram-se a minha ideia era um passeio à procura de otimismo. E quando otimismo é sinónimo de felicidade, ainda pior! Será que as crianças mais desfavorecidas irão ter as prendas com que sempre sonharam? Não me parece! Bah! Se são otimistas não o deixem de ser, mas não o guardem só para vós.
Na música, Tom Waits. Experimentem ver uns vídeos...
Nos livros ou nos jornais, leiam. Já uma sábia senhora da nossa família nos dizia: “Ler livros ou jornais é saber mais.”
Vamos lá construir o dia mundial do otimismo, vale?!

Texto atrasado na redação
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