Opinião

Oito anos em julgamento

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Nos regimes democráticos, as eleições servem, em primeiro lugar, para julgar os governos. No próximo mês de março o que está em causa é o julgamento de 8 anos de governo do Partido Socialista. A minha avaliação é muito negativa. Ninguém esperaria o contrário. Sou capaz de identificar alguns resultados positivos nestes 8 anos. Nem preciso de os apresentar porque a eficaz propaganda governamental se encarrega de falar deles diariamente.
Nem tudo foi mau. Mas algumas respostas foram péssimas, a começar por sectores fundamentais. Basta pensar na degradação nunca vista no funcionamento do Serviço Nacional de Saúde. Os mesmos que enchem a boca com o SNS, são os responsáveis por quase dois milhões de Portugueses sem médico de família ou por esperas superiores a 12 horas para ser atendido por um médico, em situações de urgência comprovada, como aconteceu na passada semana em diversos hospitais. Não estou a falar de Gaza ou da Ucrânia. Espera-se mais de 12 horas na urgência em Portugal. Os governos socialistas provocaram a maior procura de sempre aos seguros de saúde privados, porque os Portugueses deixaram de se conformar com as esperas e as demoras no SNS.
Ou que pense nas dezenas de milhares de adolescentes e jovens que ainda não têm professor em todas as disciplinas. Ou então, convido a refletir na degradação dos resultados dos testes que comparam a aprendizagem dos jovens portugueses com 15 anos, com os seus colegas do resto do mundo. Todos os anos Portugal tem vindo a cair nos resultados dos testes de Pisa, desde António Costa. A verdade é que até aos governos de António Costa, os resultados vinham a subir. Os insucessos na educação hoje são o insucesso na economia amanhã. E são uma perda inaceitável para quem acredita na escola pública como o centro da igualdade de oportunidades.

Será que António Costa já teve curiosidade de perguntar ao seu Chefe de Gabinete qual a origem e qual o destino daqueles 75.000 euros? Não seria correto informar os Portugueses das respostas que obteve?

Quem ficar na dúvida, pense qual foi o governo que levou mais alto a carga fiscal em Portugal. O Partido Socialista não só tem o galardão da maior carga fiscal, como também tem o segundo e o terceiro prémio. Ocupa todo o pódio quando se fala de carga fiscal.
Serão precisas mais razões?
A verdade é que o Partido Socialista dispôs de condições excecionais para governar. Uma maioria na Assembleia da República que lhe garantia estabilidade, a colaboração sempre pronta do Presidente da República e fundos europeus como Portugal nunca teve. Mais de 24 milhões de euros por dia.
Apesar das fantásticas condições, o Governo foi arrastado para a demissão pelo Ministro João Galamba e por 75.000 euros em notas escondidas num gabinete ao lado do gabinete do Primeiro Ministro, na Residência Oficial em S. Bento.
Será que António Costa já teve curiosidade de perguntar ao seu Chefe de Gabinete qual a origem e qual o destino daqueles 75.000 euros? Não seria correto informar os Portugueses das respostas que obteve?

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