As eleições já lá vão. Não vos vou falar dos resultados, nem das expectativas que podemos ter em relação à nova vida que a Câmara Municipal pode ter. O mais importante das eleições é o sentido de democracia que delas advém, independentemente de quem ganha ou perde.
Hoje gostaria de alertar para um pormenor, que, na verdade, é um “pormaior”. Já repararam que a pressa que os candidatos (ou partidos políticos) têm em colocar os cartazes (grandes ou pequenos) não é a mesma para, depois das eleições, os retirarem? Não seria expectável que no dia seguinte às eleições a equipa que montou os cartazes fosse removê-los? Faz sentido ainda haver, depois de tantos dias, a publicitação de candidatos espalhada pelas ruas da cidade? Parece-me que não. Na verdade, a manutenção da publicidade traz consigo um aspeto bastante negativo. Pois, transmite a ideia de que a limpeza dos espaços não é um assunto urgente e importante. A demora a retirar os cartazes dá a sensação de que ficaram esquecidos, como se fossem lixo amontoado. Os candidatos, sem exceção, devem promover, no dia seguinte aos resultados, a retirada de todas as formas de publicidade espalhadas pela cidade. Assim se faz uma boa impressão para o público e a limpeza da cidade.
Ninguém quer saber das autárquicas depois dos resultados. Ninguém ganha com a manutenção destas formas de dar a conhecer os candidatos.
Da mesma forma que não é ético ver os candidatos no espaço de votações a cumprimentar quem passa, como forma de fazer pressão, também não é ético não retirar o mais rapidamente possível todas as formas de publicidade que colocaram nas ruas para as eleições.

