Quando me propôs escrever sobre este tema, a minha primeira ideia foi contactar psicólogos e psiquiatras meus conhecidos para que de uma forma mais científica pudesse escrever sobre o medo. E acreditem, não tenho qualquer pretensão em me envolver numa área, que diga-se, até para mim ia ser bem confuso.
Deste modo, vou procurar uma abordagem mais divertida, e que no mínimo vos possa tirar um sorriso e que deem por bem empregue o tempo que dispensam a ler-me.
Vai para um ano que de certo modo o medo se instalou na nossa sociedade... Escrever como éramos há um ano atrás e como somos hoje em dia, basta ouvirmos as notícias para termos o retrato do que somos nós hoje em dia. Isto tudo além de nos dar medo põe-nos bem tristes... enfim!
Depois de muitas voltas ao cérebro cheguei à conclusão de que o medo não é coisa boa. Perdemos um pouco do optimismo que ainda nos restava, viramos pessimistas, carrancudos, beliscamos, para não dizer pior, as nossas relações.
Com as conjecturas que nestes dias fui fazendo lembrei-me daqueles rapazes da banda desenhada que viviam na Gália cujo único medo que tinham era de que o céu lhes caísse em cima. Depois lembro-me dos medos que a minha mãe me passou: “Portas-te mal, vem aí o papão!”, “Ficas de castigo no quarto escuro.”, “Se não comes a sopa chamo a polícia.” Estes eram os truques, algo duvidosos, ainda usamos por algumas mães nos dias de hoje.
Depois vem os medos criados por nós próprios ... Por vezes são mais superstições do que outra coisa! Confesso que, para além dos medos que fui combatendo ao longo da vida, e que hoje servem para que eu possa sorrir um pouco, havia um medo enorme que eu tinha. Como sabem joguei basquetebol... vocês imaginam o que é estar a defender, roubar a bola ao adversário, correr a driblar o campo todo, o medo que se instalava na minha cabeça com a hipótese de poder falhar a bandeja... era tenebroso! Ah! Ah!
De repente paro na escrita... e interrogo-me, se todos nós fizéssemos uma lista dos nossos medos?! Seria um bom estudo para o pessoal das estatísticas! Também sempre me disseram que até os heróis têm medo... Tenho para comigo uma frase que há muitos anos adoptei como minha... “Se tens problemas resolve-os, senão consegues vive com eles”. Serve também para os medos. Acredito que muitos dos medos são do foro psicológico.
Não tenham medo de ser felizes!
Na música, Norah Jones. Na leitura, lembram-se de Milan Kundera e “A insustentável leveza do ser”?! É uma ideia!
Até para a semana! E fiquem bem...