Nunca vi ninguém errar com a intenção de errar.
As pessoas erram, tendo em vista o acerto.
Ninguém falha de propósito, pelo contrário, falhamos convencidos de que estamos a usar uma boa estratégia para atingir os nossos objetivos.
Em nenhum erro cometido, se tentou aumentar os problemas, a ideia era poder solucioná-los.
“Os erros fazem parte da vida e são eles que nos ensinam”, diz a sabedoria popular, no entanto, convém que se saiba, que erros sistemáticos são um sinal inequívoco de que não estamos a ser capazes de aprender com o erro.
Muitas vezes a repetição do erro, só pode ser entendida à luz da existência de um padrão comportamental desajustado, que precisa, em primeira análise, ser corrigido, para que seja possível a obtenção dos resultados que desejamos.
Importa esclarecer que aprendemos a comportarmo-nos/relacionarmo-nos na infância, dentro da nossa casa, no nosso seio familiar.
Quando os nossos modelos comportamentais (os nossos tutores) são pessoas psicologicamente e emocionalmente saudáveis, tendencialmente reproduzimos o modelo aprendido, na nossa vida adulta e somos capazes de ajustar os nossos comportamentos aos nossos propósitos, o que nos permitirá obter sucesso naquilo a que nos propomos.
No entanto, quando o nosso modelo é desajustado, agressivo, violento, dominador, narcisista ou submisso, passivo e/ou emocionalmente dependente, aprendemos uma forma desajustada de nos comportar, impactando negativamente os nossos relacionamentos e os nossos resultados.
Invariavelmente, pessoas que constantemente cometem os mesmos erros, fragilizam-se e vêem-se sujeitas a maiores níveis de stress e frustração, que gradativamente vão produzindo esquemas de ineficácia (com origem na crença de não ser capaz).
Não parecendo à partida, a crença de incapacidade é perversamente incapacitante,
não só vai destruindo paulatinamente a auto estima do sujeito, como em situações mais graves, se traduz em comportamentos aversivos e de evitamento, que levam a pessoa simplesmente a desistir dos seus objetivos, por medo de voltar a errar, levando-a a experimentar ainda mais frustração e infelicidade.
Aprendemos com os erros é certo, mas não podemos correr o risco de errar infinitamente.
Os erros que não somos capazes de corrigir atrasam a nossa resolução e comprometem a nossa qualidade de vida.
Quando a nossa vida é um suceder de dor, tristeza, sofrimento e frustração, é preciso compreender que estes são apenas os sintomas dos nossos erros… e que precisamos mudar de caminho e de estratégia, para podermos realizarmo-nos e sermos felizes.
Todos nós temos o direito de errar, contudo, temos também a responsabilidade de nos fazermos felizes, responsabilidade essa, que não podemos imputar a terceiros.
Se o erro é persistente, nos afasta dos nossos propósitos, nos limita, frustra e rouba qualidade de vida, a solução é pedir ajuda profissional.
A ajuda profissional é a forma mais rápida e eficaz de compreendermos o erro, entendermos os seus impactos e corrigirmos os nossos comportamentos.
ERRAR é HUMANO, mas SER FELIZ é DIVINO!