Opinião

O amor não é um drama - Azar no amor e sorte no azar!

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As folhas avermelhadas, que se acumulam desmaiadas no chão, mostram-nos um Outubro já longo.
Também as montras das lojas nos lembram por meio de abóboras, esqueletos e bruxas, a chegada de mais um Halloween.
O Halloween é “fruto”  da época, mas há quem “coma”  este fruto o ano inteiro e se sinta viver num interminável dia das bruxas
Há pessoas que efetivamente acreditam estar predestinadas a ter  azar no amor, como se alguma entidade divina ou maligna, tivesse caprichosamente selecionado os “escolhidos” para viverem agruras amorosas.
Importa esclarecer que até agora,  não há provas de que exista  algo ou alguém no universo, que conspire o fracasso do povo, importa também reflectir na pertinência de tal conspiração, qual seria propósito de “cozinharem” o insucesso alheio? Com que finalidade?
Da mesma forma que não existem bruxas, vampiros, duendes ou gnomos a conspirar corações partidos, a ideia de “relações escritas (ou inscritas) nas estrelas, além de fantasiosa é sem fundamento.
Todos os relacionamentos resultam de uma construção, sendo eles construídos sempre em função dos nossos comportamentos, face à relação.
É inegável que viver  constantemente dramas amorosos, tem um efeito desencorajador.
Faz com que as pessoas percam a força,  a esperança e sobretudo fá-las  ter medo de voltar a tentar.
Esta é a dura consequência dos esquemas de ineficácia que vamos criando, depois de sucessivas desilusões, traições e abandono.
No entanto é preciso que se saiba que nada disto é resultado do azar ou má sorte
As nossas desilusões acontecem fruto das nossas más escolhas e que as nossas más escolhas acontecem sempre por falta de clareza, (autoconhecimento).
As pessoas que nos magoaram,traíram e abandonaram, só entraram na nossa vida porque nós permitimos.
Não foi  AZAR, foi só a nossa FALTA  de CRITÉRIO !
Os resultados que obtemos na nossa vida, são em última análise, um reflexo das nossas ações.
Acreditar no “azar”, leva-nos a desresponsabilizar-mo-nos pelos nossos comportamentos relacionais.
Em vez de assumirmos que os maus resultados obtidos nas nossas relações são um reflexo dos nossos comportamentos desajustados , assumimos que eles são  uma consequência da nossa falta de sorte.
Quem acredita estar predestinado a ter azar e a sofrer, acredita também não ter controle sobre a sua vida amorosa.
Sente-se impotente e incapaz de mudar o curso dos seus relacionamentos, por não compreender a relação entre as suas acções e os seus resultados.
O comportamento humano é sempre orientado pelos nossos  pensamentos e crenças, contudo quando os nossos pensamentos e  crenças são limitantes (erroneos), invariavelmente, eles  vão traduzir-se em ações desajustadas e desarticuladas com os nossos desejos e  propósitos.
O perigo desta  crença  limitante, é precisamente a desresponsabilização e passividade com que se encara os resultados afetivos / amorosos.
Quem está convencido de que é “vítima” de azar, nada fará no sentido de mudar o seu comportamento e por essa razão, terá “azar” eternamente.
Relações de sucesso não são obra do acaso, do destino ou da sorte, são o resultado de um boa estratégia.
O teu azar é uma responsabilidade tua e isso dá-te o poder de mudar a tua sorte!

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