Notas de Julho

OS INCÊNDIOS
Neste Verão, como noutros, assistimos impotentes a muitas dezenas de incêndios, que nos preocupam pelas causas, tantas vezes de mão humana, por crime ou desleixo, nos entristece.
A destruição da paisagem, as consequências ecológicas irritam-nos e os prejuízos causados às populações que têm a agricultura e a floresta como meio de vida revoltam-nos.
Assistimos ao desespero de muitos compatriotas nossos, quando deparam com as suas casas, os seus animais, as suas culturas, as suas alfaias, etc. completamente consumidos pelo fogo. Todos nos sentimos solidários com eles.
Da minha parte fica-me a dúvida, será que o nosso governo, tão lesto a enviar milhões de euros em armas para a guerra da Ucrânia, vai estar atento e mobilizado para apoiar estes portugueses, melhor que fez em 2017, ano de tantas confusões, que o poder judicial, ainda hoje, anda à procura esclarecimentos de diversos procedimentos adoptados naquela altura?

O ESTADO DA NAÇÃO
Neste primeiro debate do Estado da Nação este Costa, da maioria absoluta, esteve longe do tempo em que precisava de outras forças políticas para governar.
Foi um primeiro-ministro arrogante, lembrando Sócrates nos seus tempos áureos, não respondeu a muitas das questões levantadas pelas diversas forças políticas, acabando por se queixar que o governo executava e que a oposição criticava.
Mas não foi sempre assim? Então não foi sempre o Governo, cujos ministros e secretários de estado são remunerados pelo erário público que executam as políticas governamentais? Algum dia coube à oposição governar? Ai Costa, Costa!

CASALDÊLO UM ESPAÇO A INTEGRAR NA CIDADE
Um munícipe foi à Assembleia Municipal defender que não havia razão para que o lugar de Casaldêlo continuasse a «ser o pulmão» da cidade, à margem do crescimento urbanístico e era urgente que no seu espaço se disponibilizasse terrenos para a indústria.
Parece-nos ser da maior importância, muito mais que conquistar freguesias a outros concelhos, integrar de forma ordenada este espaço na cidade. É absolutamente necessário planear, debater com a população e procurar soluções urbanísticas que beneficiem a cidade, respeitem os proprietários dos terrenos e impeçam a especulação imobiliária.