Opinião

Notas breves (lV)

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A INVESTIGAÇÃO TRANSMITIDA EM DIRECTO PELA TV, na casa de Rui Rio e na sede do seu partido, inquieta-nos.
Independentemente das consequências do processo, esperamos que haja respeito pela Lei e celeridade, porém temos a sensação que o Estado de direito democrático se deteriorou com esta forma de actuação dos responsáveis judiciais.
Anda no ar uma narrativa, defendida pelo populismo, que insinua que os titulares de cargos políticos vivem da corrupção e divulga a ideia que, a política é uma actividade carregada de actos criminosos. Esta propaganda obscena, ameaça o sistema democrático e, por regra, antecede as ditaduras. Oxalá não seja esse o rumo da nossa democracia!

O POLÍCIAMENTO DE PROXIMIDADE é algo muito valioso de que só podemos usufruir se a Polícia tiver disponibilidade e condições para o exercer.
Recentemente fomos abordados por amigos que nos alertaram para acontecimentos inéditos que estão a ocorrer nas Fontaínhas, um lugar que era pacato, mas, ao que parece, está a transformar-se negativamente. Falamos com diversos moradores, sobretudo de idade mais avançada e constatamos haver um profundo sentimento de medo e inquietação, provocados:
- pela circulação de diversos indivíduos que batem às portas para mendigar;
- pelo facto de alguns moradores se terem confrontado, com estranhos dentro dos seus quintais;
-pela percepção generalizada de haver por ali, uma casa, onde supõem, se trafiquem estupefacientes.
Numa visita ao local, nomeadamente às Ruas: de Arrifana, do Bocage, à Esquadrini, à das Fontaínhas e outras próximas, fomos confrontados com diversos relatos e o descontentamento dos moradores. O que ouvimos é preocupante!
Achamos de fundamental importância que se reforcem as medidas sociais existentes de combate à toxicodependência, mas também que os munícipes, em particular os mais idosos, possam viver as suas vidas sem sentir medo quanto à sua segurança. Isto implica um policiamento de proximidade, um contacto regular dos agentes da PSP com as pessoas mais vulneráveis. É muito importante que os munícipes sintam, que quem os pode proteger está perto!

O PATRIMÓNIO ARBÓREO no espaço público da nossa cidade, teve um crescimento exponencial após o 25 de Abril, por acção directa do município. Antes disso, tínhamos um espaço urbano muito pouco arborizado.
Os autarcas do poder local democrático, promoveram em S. João da Madeira um significativo investimento na arborização. É inquestionável que actualmente, temos um espaço urbano com um número elevado de árvores por Km2, mas também é verdade que a vontade de fazer, nem sempre acautelou as melhores práticas: por vezes não se planeou bem a localização das árvores e outras vezes as espécies plantadas não foram as mais recomendáveis.
É pois tempo de fazer correções, de modo gradual e à medida das possibilidades – tarefa dificultada com a recente legislação publicada já que condiciona a actuação dos autarcas democraticamente eleitos, e os trata como se fossem de menor idade. É pena!

O autor escreve segundo o antigo Acordo Ortográfico
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