Oportuna e fundamentadamente contestado por Rita Mendes, sobre a implantação de estátua de Delgado na Praça, Sequeira retorquiu evasivamente, traduzindo-se que o monumento não será erguido no centro do centro da Praça, claro, mas… na Praça (de Luís Ribeiro), conforme determina o Concurso de Ideias. Luís Ferreira (P.S.) afogou-se com as piscinas. Sequeira teimará em querer suicidar-se com Delgado?
Expirou o prazo do Concurso de Ideias para a construção de estátua de Humberto Delgado a implantar na Praça, conforme determinado (mapa anexo) e segundo vontade do presidente da Câmara Municipal, Jorge Sequeira, enquanto os sanjoanenses manifestam-se silenciosamente.
Em Abril, quando escrevemos sobre este tema, sob o título “Na Praça o seu a seu dono”, recebemos numerosas manifestações de apoio, por telefone, por mensagens e, na rua, por conhecidos e anónimos. O repúdio era transmitido com ênfase. Abordagens sem paralelo quando, nas décadas de 80 e 90, colaborávamos intensamente neste jornal, nem mesmo aquando das publicações dos semanais episódios da “Era do Pirolito”, que tanto entusiasmo suscitaram nos leitores.
Esta amostragem traz-nos à lembrança o funesto caso do veto à construção de novas piscinas municipais, que revoltou os munícipes de S. João da Madeira. Então, Luís Ferreira (P.S.) afogou-se com as Piscinas. Agora, Jorge Sequeira (P.S.) decidirá suicidar-se com Delgado?... Ou acredita que, na linha de Costa, admitindo não haver alternativa à sua liderança na CMSJM, pode asneirar sem consequências?
Consensual o não a Delgado na Praça
Clara e ostensivamente, os sanjoanenses não querem Humberto Delgado na Praça.
Jamais um presidente terá conseguido provocar literal consenso como nesta causa do não a Delgado na Praça.
Excluindo Sequeira e os socialistas do seu restrito círculo, estamos convictos não se encontrar alguém que concorde com tão infeliz ideia do presidente da edilidade sanjoanense.
As vereadoras independentes, Paula Gaio e Irene Guimarães, docentes de profissão, não terão capacidade e independência capazes de educar Sequeira no sentido correcto?
Entretanto, desde o primeiro anúncio – em exclusivo para O Regional?... – da polémica ideia da edificação da estátua, não vislumbro qualquer menção, sobre o assunto, no jornal do P.S. (Pedro Silva). Enigmático o silêncio do Labor. Em contraste com o O Regional que, destacadamente e em duas edições seguidas, publicitou tal ideia. E observamos que, com suas constantes e alargadas coberturas (encomendadas?) a actos de Jorge Sequeira e seus pares, O Regional parece ter-se tornado no periódico porta-voz da situação. Paradoxal.
Sequeira a galambar com “zona contígua” à Praça
E, depois do pirilau, o repetido insucesso em mais repuxos
Pertinente a contestação em Maio, na Assembleia Municipal, de Rita Mendes (CDU), à implantação de estátua de Humberto Delgado na Praça. Por a Praça ser de Luís Ribeiro e fazer sentido que o monumento a Delgado seja erguido na Praça de Humberto Delgado. De resto, em espaço contíguo à Praça de Luís Ribeiro. Sim, contíguo. Próximo, fora da Praça.
O presidente, evasivamente e a galambar, afirmou que não seria no centro da Praça, mas em “zona contígua”. Claro, era o que faltava. Depois dos recentíssimos estapafúrdios gastos com os insucessos repuxos, constantemente avariados, no centro da Praça, que sucederam ao infausto e dispendioso pirilau, tal seria inexequível. Óbvio.
A propósito, Jorge Sequeira ignorou o (mau) exemplo de M. Cambra que, para além do pirilau, também investiu em repuxos, também sofisticados e com efeitos coloridos, que jazem, quase desde o nascimento, por trás do Fórum Municipal, no início do Jardim. A maioria da população desconhecerá o que, há décadas, permanece ali enterrado (dispendioso equipamento aquático em doze plataformas) a par de tanques (secos) e pérgula.
Os sanjoanenses apelam para que Sequeira reconsidere. Tolerarão que satisfaça a sua vontade, a instalação da estátua, mas noutro espaço que não na Praça de Luís Ribeiro. Doutro modo, Sequeira ferirá seriamente o orgulho dos sanjoanenses.
Porque seja em frente ao Novo Banco, ao BPI, ao Parque América ou à Concha, são zonas integrantes da Praça. São (n)a Praça.
Alvitramos outros locais: em entrada da cidade, na Ponte, no início da Av. do Vale, naquela espaçosa e vazia área relvada, entre o rio e o edifício Mussulo; na Devesa Velha, no projectado jardim junto à Escola e postal para quem passa na variante; e, claro, na Praça de Humberto Delgado (na foto), deslocando, para local próprio, o monumento a Jaime Afreixo ali instalado.
Nota da Redação: Por decisão pessoal, o autor não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.
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