Opinião

Hinos...

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Década de cinquenta do século passado... Sábados de manhã, lá tínhamos de nos dirigir à nossa escola primária para aí treinarmos as nossas cordas vocais aprendendo o hino nacional. Eu gostava particularmente daquela parte em que dizíamos: “nobre poovo...”, só tínhamos de entoar dois ós. E riamo-nos! Cá em casa, quando ouvimos o hino continuo a sorrir, pois quando se aproxima especificamente essa parte continuo a cantar “poovo”. Mas, ainda falando do nosso hino, fico a pensar, como ficarão as nossas crianças quando cantam “contra os canhões, marchar, marchar”?? Ficarão assustadas?
Todos os países têm o seu hino, uns mais bonitos, mas claro que depende dos gostos... Cá por mim, quando ouço o hino italiano ou o do Brasil, imagino sempre que sejam hinos fortemente motivadores para as pessoas que os cantam. Aliás, estou a ser injusto. Todos os hinos têm de ser motivadores para todas as pessoas que os cantam. Na realidade, os hinos são um pouco o reflexo dos povos. Hinos existem que acabamos por ouvir mais vezes por força e capacidades dos seus representantes desportivos. Neste âmbito estará o hino dos Estados Unidos da América. Quem acompanha o fenómeno desportivo, como eu o faço, por estes dias está a acontecer em França, o campeonato do mundo de rugby. Se ouvirmos a força, a garra, a concentração, as regras, como todos os praticantes se entregam ao momento de cantar os seus hinos. Ainda no rugby, desporto que me impressiona pela força, pela capacidade física dos seus atletas, o espírito de grupo, a harmonia, o fairplay. Estes atletas tem de ser super atletas e um exemplo para todos aqueles que algum dia pensem ser atletas. O que é que isto tem a ver com os hinos? Já lá vou, um dia destes iam transmitir um jogo de rugby do campeonato mundial feminino: Escócia - África do Sul.
Acreditem, foi um dos momentos musicais mais maravilhosos que tive a oportunidade de assistir... ouvir aquelas atletas a entoar os respectivos hinos dos seus países. Se tiverem oportunidade não percam, fantástico!
Claro, depois, temos os hinos dos clubes. Às vezes fico a pensar se não será mais um momento de entretenimento e não tanto de motivação. Também Ludwig Van Beethoven nos brindou na sua 9ª Sinfonia com o Hino da Alegria. E que hino!
Na música, os referidos hinos da Escócia e da África do Sul e, claro, o nosso hino, quanto mais não seja, porque é o único que eu sei de cor.
Nos livros, “Treinando a emoção para ser feliz”, de Augusto Cury.
Já agora, viva o “ Nobre poovo, nação valente...”

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