Gin para uns e nada para outros?

As férias já lá vão e cá estamos nós para recomeçar!
Como tenho dito, em tudo há que ter bom senso. Aplaudir o que se faz de bom e bem e alertar para o que pode melhorar. Por isso, fica aqui referido que o “Gin & Street Food Sessions” está cada vez melhor. É bom que a cidade tenha eventos anuais típicos que dão a conhecer a cidade e que apelam a pessoas que não são de cá a virem visitar este cantinho. Apesar de não haver restrição de idades, penso que poderemos dizer que este evento se destina mais aos jovens e aos adultos. Claro que podem ir crianças e idosos, mas se atentarmos para o público-alvo estas faixas etárias são predominantes. Isto fez-me pensar se estamos a lidar com todas as faixas etárias com equidade.
Os adultos têm o “Gin & Street Food Sessions”, as festas dos Santos Populares são para toda a família, o que fica só para os idosos e para as crianças? Os idosos têm as suas atividades e benefícios na cidade, como bem merecem. Passeios anuais, acesso às piscinas municipais e tantas outras coisas. Já as crianças parecem estar a ficar no esquecimento. Há pouquíssimos espaços na cidade para as crianças. Na Praça Luís Ribeiro, por exemplo, que tem um ótimo espaço que pode ser melhor aproveitado, não tem nada para as crianças. Não há ali um parque infantil, ou um sítio para as crianças brincarem enquanto os pais estão na esplanada. Em toda a cidade contam-se pelos dedos de uma mão os lugares pensados para as crianças brincarem com segurança e qualidade. Por que não fazer um parque infantil para que as nossas crianças possam brincar e conviver com outras, e onde os pais possam também eles conviver e estar em segurança? Vejo nessa praça bastante potencial para serem criadas estruturas que possam trazer respostas que estão em falta.
Para além de mais sítios onde as nossas crianças possam brincar, também seria bom criar um evento/festival só para as crianças (é evidente que os pais teriam de acompanhar). Por não haver um dia ou um fim-de-semana onde o público-alvo são as nossas crianças? As nossas crianças e as crianças das cidades vizinhas. Não é nossa responsabilidade dar qualidade de vida também às crianças? Não seria assim tão difícil de organizar este evento e a longo prazo os benefícios para a cidade seriam bastantes.
Dar respostas a todas as faixas etárias é uma obrigação do poder político. Pois, trata-se não só de cuidar das pessoas, como fazer um investimento que trará, se bem pensado e organizado, lucros. Não creio que seja assim tão difícil e desproporcional o que estou a propor, outrossim seria tratar com equidade todas as pessoas que vivem na cidade.
Fica aqui esta sugestão, assim como a minha disponibilidade para colocar esta ideia em ação, caso quem de poder a queira aproveitar.