Julian Assange, o jornalista australiano que informou o mundo de várias violações dos Direitos Humanos, está finalmente livre.
Assange foi perseguido durante mais de doze anos: 7 dos quais exilado no interior da Embaixada do Equador em Londres e mais de 5 anos detido, numa prisão inglesa.
Em 2006 o jornalista australiano, criou uma organização jornalística, sem fins lucrativos, designada WikiLeaks, com sede na Suécia, com o objectivo de denunciar violações dos Direitos Humanos.
Esta organização, revelou centenas de assassinatos executados pela policia do Quénia, cujas vitimas eram opositores ao regime daquele país. Informou o mundo de crimes ambientais da multinacional Trafigura, que depositou grandes quantidades de líquidos tóxicos na Costa do Marfim, criando problemas de poluição e de saúde às populações. Alertou para as torturas praticadas pelo exército americano, aos prisioneiros da Prisão de Guantánamo. Denunciou crimes de guerra do exército dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão. É célebre o vídeo que mostra o assassinato de várias pessoas, por militares americanos no Iraque, onde entre as vitimas se contam duas crianças e dois jornalistas da agência de informação inglesa Reuters.
A opinião pública ocidental ficou escandalizada com a apresentação de provas inequívocas de que a agência de espionagem americana espiava a vida de governantes de países aliados e amigos dos Estados Unidos. Destacamos: Dilma Rousseff, presidente do Brasil; Nicolas Sarkozy presidente da França; Angela Merkel chanceler alemã, entre outros.
Em 2010, a WikiLeaks fez chegar ao jornal espanhol El País, ao alemão Der Spiegel, ao francês Le Monde, ao inglês The Guardian e ao americano The New York Times provas de crimes de guerra, violações do direito internacional, crimes de corrupção e outras acções graves praticadas pelo governo americano, ou a seu mando.
As provas divulgadas por aqueles jornais, escandalizaram a opinião pública ocidental. E os governantes do “mundo livre” mostraram a sua cobardia pela incapacidade de reagir contra as maiores barbaridades, se praticadas pelo Tio Sam.
A detenção de Assange pela Inglaterra, durante 5 anos, sem julgamento, numa prisão de alta segurança, obrigado a permanecer fechado 23 horas por dia, numa cela de 6 metros quadrados, é reveladora do desrespeito pelos Direitos Humanos. É uma prova da hipocrisia daquele país que se apresenta ao mundo como campeão da democracia e da liberdade.
Está à vista de todos a famosa democracia inglesa.
Não passa no teste do algodão!
O autor escreve segundo o antigo Acordo Ortográfico