Quando se aproxima a hora de cumprir a tarefa semanal de manter esta crónica viva, de me aproximar do papel e pegar na esferográfica, fico sempre com um nervoso miudinho. Mas acreditem, não tenho pressão nenhuma e, em boa verdade, é para mim um prazer enorme fazer esta crónica. É uma terapia fabulosa e melhor ainda saber que há pessoas que me vão lendo. É para elas o meu tentar não falhar.
Esta semana, a primeira ideia era falar de como todos nós temos tendência para dizer mal de tudo, dizemos mal de tudo e de todos, exemplos não faltam, é só pensarem um pouco. Depois de pensar um pouco mudei o tema para entretenimento soou-me melhor, porque de facto o que nós estamos a precisar é de nos entretermo-nos... Aqui temos os exemplos, aos nossos olhos e ouvidos, é a AstraZeneca que uma semana é a melhor vacina e na outra é só dúvidas, ficamos todos baralhados, depois é a grande telenovela da operação Marquês, no minímo vai durar mais uns dez anitos. Depois temos o futebol, está ao rubro... e se nos quisermos rir um pouco é só ouvir os comentadores. Felizes os que já não gastam tempo com estes indivíduos. Um dia destes já nem o futebol tem adeptos.
Enfim! Sinais dos tempos! E por falar em televisão, estava a comentar com a minha mulher, que antigamente não gostava de ver jogos, preferia praticá-los. Hoje em dia, lá me colo ao ecrã... A minha mulher, com um humor que só ela tem lá me foi dizendo: “Mexes os olhos e o polegar! É um bom exercício!!! Rimo-nos como só os apaixonados riem...
Depois disto saltamos para a cozinha... estava na hora de preparar a refeição, abraçados parámos a olhar para a porta do frigorífico... A viagem foi curta mas foi revigoradora. Os ímans que lá estão são um pouco das nossas viagens: Breckenridge, Colorado, Tomar, Coimbra, Andorra, Algarve, Odeceixe, Gêres, a exposição de Miró, os barcos rabelos... o pensamento voa! Lugares e momentos que nos levam a ter um sorriso no rosto. Mas entre tantos ímans tem um que diz: “A vida é bela contigo ao meu lado”...
Espero ter-vos entretido um pouco e ajudado a passar estes tempos de incerteza. Na música, porque não revisitar o Bob Dylan; nos livros “O livro das ilusões” de Paul Auster.
Estou a precisar de ir caminhar para a Freita...