Terminada a discussão pública do Plano Ferroviário Nacional, verificamos que o jornal ‘O Regional’ foi fundamental para a mobilização da defesa da Linha do Vale do Vouga no reforço da mobilidade nesta região da Área Metropolitana do Porto.
Nos últimos cinquenta anos, foram feitos grandes investimentos na melhoria das ligações rodoviárias por todo o País. Para ligação da nossa região ao Porto foram construídas três auto estradas e duas para a ligação a Aveiro, permitindo deslocações rápidas e com comodidade.
Na ferrovia, para além da deficiente manutenção, nada foi feito. Agora que temos a possibilidade de começar a mudar o paradigma dos transportes na região, não basta substituir as travessas e os carris envelhecidos e melhorar a circulação e os comboios. É necessário que se projete para a ferrovia com a mesma visão com que se projetaram as comunicações rodoviárias: os tempos de viagem, a comodidade e o conforto têm de ser muito melhores.
A ligação ao Porto sem transbordo para mudança de comboio em Espinho é uma reivindicação que não podemos abandonar, pois é de grande importância futura, na competição com o transporte rodoviário.
A ligação da linha do Vale do Vouga de Oliveira de Azeméis ao Porto e a Aveiro, reuniu apoio de todas as autarquias abrangidas.
A Associação dos Municípios das Terras de Santa Maria aprovou uma moção em que se estabelece um tempo máximo de percurso que seria de 40 minutos de S. João da Madeira ao Porto.
A Assembleia Municipal de S. João da Madeira aprovou uma moção que defende o acesso ao Porto mais rápido e confortável, preferencialmente direto.
Agora é necessário garantir que seja realizada a obra de acordo com a pretensão da região: que seja efectuada a melhoria do traçado, as ligações necessárias e a eletrificação da via para garantir uma velocidade compatível com os tempos de viagem pretendidos. Que seja feita a introdução de bilhética compatível com os transportes da área metropolitana do Porto.
Ouvimos as opiniões dos técnicos que apontaram as soluções possíveis, as vantagens e as dificuldades de cada uma. Cabe-nos defender a solução que melhor garanta as necessidades futuras e que constam das petições aprovadas pelos autarcas da região.
Continuaremos a lutar por esta causa, pensando no futuro que será dos nossos filhos e netos.
Esperamos que os autarcas estejam à altura do mandato que receberam, exercendo o seu poder e influência junto dos órgãos do poder central, não deixando passar esta oportunidade de termos uma linha ferroviária que responda às necessidades de hoje com visão de futuro.