A nossa humanidade precisa de ser recuperada, pois o descalabro da mesma, segundo as pessoas entendidas na matéria, já está a acontecer.
E qual a causa?...
O egoismo, a ambição desmedida, a sede de poder, o lucro, a grandeza a qualquer preço, faz-nos doer o pescoço de tanto olhar para o lado,numa apatia cega e numa cultura de indiferença.
Mas chamar a atenção, corrigir o erro, requer uma grande coragem e a maior parte de nós não o sabe fazer.
Então o que é necessário ter em conta na correção?...
1 - Ser humilde e não dizer como Caím que matou o irmâo Abel, segundo a Bíblia: Que tenho a ver com a vida do meu irmão?... isto é, olhou para o lado;
2- Se alguém não nos ouvir, levar outras pessoas credenciadas e com bom testemunho que demonstrem o erro sem violência, com amabilidade, paciência e bondade como Martin Luther King, na promoção dos direitos das pessoas de cor na América.
Pagou com a vida o seu arrojo.
3 - Considerar a quem se quer corrigir como um irmão a quem se quer ajudar;
4 - Não impor mudança de comportamento, mas propor;
5 - Ter o maior respeito pela dignidade de alguém que pensa diferente, porque todos nós cometemos grandes erros, como criaturas frágeis;
6 - Amar a pessoa e ajudar a combater o erro com muita serenidade. É que vingança atrai vingança. A nossa maldade e os nossos erros estão atrás das nossas costas e por isso não os vemos, só damos conta dos erros dos outros, que estão à nossa frente.
Natália Correia, natural dos Açores da Fajã de Baixo, tem pensamentos belíssimos sobre vários temas. Estamos a celebrar o centenário do seu nascimento.
Foi deputada na Assembleia da República.
Num dos seus pensamentos ela diz:
“ - Uma forma excelente de fazer o bem é a firme decisão de combater o mal”.
O papa Francisco, num vídeo que faz todos os meses pede aos crentes que rezem pelos mais frágeis do nosso mundo: os marginalizados, os sem abrigo, que nunca são notícia nas redes sociais, nem nos noticiários.
Como podemos chegar a este nível de indiferença!...
Paremos de os tornar invisíveis e descartáveis. Tenhamos uma cultura de acolhimento para a pobreza, a dependência, doença mental, deficiência e outras fragilidades.
Eles não são notícia, porque não valem nada em benefícios económicos.
Que as instituições e o Estado estejam abertos a estas prementes necessidades.
Uma forma muito eficaz de fazer uma correção a uma pessoa é, em primeiro lugar, elencar as suas qualidades, porque todos nós as temos, e depois dialogar da seguinte maneira:
- Olha eu admiro-te muito nisto e naquilo. isto é, tens muitas qualidades, mas há algumas coisas que tu se tentares, com esforço, podes melhorar.
É que todos cometemos erros.
Quem estiver inocente atire a primeira pedra, disse o Mestre dos mestres, para salvar uma senhora que ia ser apedrejada até à morte, por ter cometido adultério.
Meus queridos leitores, sigamos estes passos e nunca o façamos com qualquer audiência, isto é sempre a sós.