Opinião

Distrair pode ser perigoso...

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A frase costuma-se aplicar quando assistimos a um espetáculo circense: a distração pode ser a morte do artista. Naturalmente que não haverá ninguém que deseje a morte seja a de quem for só porque se distraiu...
Esta minha crónica levou-me para algo dramático, que, pensando bem, nem sei bem porquê. Até porque vou escrever algo que até me parece bem divertido, bem ainda melhor, estas coisas do drama e do divertido depende sempre de quem está a observar. Numa das artérias cá do burgo, tem um sinal de trânsito em cujo poste está o seguinte aviso: “Por favor utilize o caminho alternativo”. E, mais uma vez, vem-me à memória aqueles avisos que nos indicam “Desvio”. E nós desviamo-nos, desviamo-nos e acontece que acabamos por ter de parar e perguntar a um transeunte ocasional se nos ajuda a retomar o rumo certo. E este sinal para utilizar o caminho alternativo pode levar-nos a um certo risco, de atravessar a estrada e se nos distraímos poderemos ser atropelados... Ou talvez não, pois até nos indica a passadeira onde passar! E quando lemos um aviso destes, logo pensamos “quem te avisa, teu amigo é”. Um dia destes escapei de uma chuveirada por um triz!! Não acredito que o tenham feito de propósito, só para se rirem da minha figura. Todos os dias faço aquele caminho e parece-me que as pessoas que labutam naquele local são profissionais, e, para além da segurança própria, também existirá preocupação com a segurança dos transeuntes.
Bem, agora sim, vou escrever sobre o motivo desta minha crónica. Um dia destes, pela manhã, eu, a Lídia e o meu cão, com a mochila nas costas, ao passar no local da chuveirada, ao olhar para um funcionário, e tentando perceber como fazia determinado trabalho, foi fatal para a minha pessoa... Numa fração de segundo, tropeço numa lage do chão com uma pequena saliência. Os momentos seguintes foram fantásticos. Lembrei-me da queda da máscara, bem, quem fez serviço militar sabe do que estou a falar. Não, nada disso aconteceu. Por momentos ocorreu-me fazer o que sempre fiz... enrolei numa cambalhota para a frente! De seguida fiz o que qualquer jogador de basquetebol faria. Estiquei as mãos para a frente para me ajudarem a levantar. A Lídia e um funcionário da obra foram os meus parceiros de jogo. Naturalmente, que adivinhei na Lídia a sua preocupação. “Ah, mulher, ainda estou numa forma!”.
Tudo o que me aconteceu, o ter, ainda, capacidade para escapar ileso da queda que sofri, fez-me pensar o quanto ficam expostos a quedas as pessoas com menor mobilidade.
Na música não temos como fugir, naturalmente que predominam as canções de Natal, e se me permitem uma sugestão, experimentem “Country Christmas ou então a canção que elegemos cá em casa “”So this is Christmas”, de John Lennon.
Nos livros, sejam criativos. A oferta é grande e são boas prendas de Natal.
Boas Festas!

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