Opinião

Devagar, devagarinho e agora depressa

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A intenção costuma ser boa. Não há dúvidas que é verdade e os advérbios são invariáveis. No caso dos diminutivos, os autarcas costumam apenas ressalvar que se devem restringir à linguagem familiar e informal.
Do facto, fomos confrontados nos três primeiros anos com os: “devagar”, “devagarinho “, “cedinho” ou “agorinha”, em resumo: “agora depressa” isto acontece na obra, num requerimento ou licenciamento.
Pode parecer muito atual, mas deve-se levar em conta que, tal hábito, é uso muito antigo e documentado na perspetiva dos autores que usam estes processos como tática eleitoral.
O enunciado anterior tem como é lógico o “frenesim” das obras que ao nível de infraestruturas básicas explodiram um pouco por toda a cidade, são necessárias e previstas , mas, poderiam e deviam ter sido programadas e calendarizadas espaçadamente, evitando transtornos aos munícipes e a quem nos visita, e o aspecto de estaleiro de obras que dão à cidade.
A renovação das infraestruturas básicas de rede de abastecimento de água (necessária), deveria estar englobada num projeto de revisão global da rede doméstica de saneamento, e, dos emissários das zonas nascente e poente em paralelo com a ampliação da ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) do Salgueiro (Oliveira de Azeméis), cuja capacidade está esgotada, carecendo de ampliação e construção de nova em parceria com a AMTSM (Associação Municipal de Terras de Santa Maria), assim como a implementação da Estação de tratamento de Resíduos Industriais.
Concluímos convictos como começamos: devagar, devagarinho, e agora depressa, sem nexo e com falta de planeamento integrado. As próximas eleições autárquicas não justificam o vale tudo.

 

 

 

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