Os cristãos, muitas vezes criam divisões lamentáveis entre si e os não praticantes, os ateus, os seguidores de outras religiões, afirmando que só eles estão no bom caminho.
Isto é um grande defeito que já se verificou no Antigo Testamento, quando Jesué foi dizer a Moisés que havia alguns que não se reuniam, no acampamento, para adorar a Deus e andavam a profetizar em Seu nome.
Moisés respondeu:– Quem dera que todos fossem profetas!..
Quem profetiza é inspirado pelo Espírito Santo.
Os discípulos de Jesus tiveram a mesma atitude, quando Lhe disseram:
– Mestre, andam aí alguns que não Te seguem a fazer milagres e por tal motivo, deves proibi-los!...
Resposta de Jesus:
– Deixai-os, pois ninguém faz um milagre em nome de Deus, que seja contra Ele!...
Quem não é contra nós é por nós!...
Como eles estavam escandalizados e com ciúmes, Jesus numa linguagem simbólica continua o seu ensinamento dizendo- lhes para cortar o pé ou a mão ou cegar um dos olhos, se estes membros optarem, por fazer mal..
O pé pode levar-nos ao bem ou a situações extremamente condenáveis;
A mão pode dar carinho, ajuda, alegria, socorro, ou atentar contra a vida, ou prejudicar o outro;
Os olhos podem tornar-se um mal, indiferentes ao sofrimento, ou pelo contrário, olhar os doentes, os marginalizados, os refugiado com compaixão, socorrendo-os.
Que significa este cortar?...
Dizer que não ao mal exige uma grande força de vontade, e até sofrimento, pois há muitas coisas a que dizemos sim, mas que são más.
Os que frequentam a igreja são bons e todos os outros são pecadores?
Não!...
Esta barreira deve desaparecer e construir pontes que todos aproximem, pois quer de um lado, quer do outro, há bons e maus.
Como exemplo, ouvi a bonita aventura de Pedro Queirós, que nasceu em Lisboa em 1981, atleta amador formado em Gestão de Empresas, que em 2015 estava no Nepal como voluntário a ajudar os mais desfavorecidos. Sobreviveu ao terramoto que atingiu este País em 2015 Depois desta tragédia liga o desporto a projetos Humanitários, como forma de angariar fundos para os mais frágeis.
Com a mesma finalidade correu no Japão 50 maratonas em 50 dias. O dinheiro alcançado, 14 mil euros foram distribuídos pela comunidade Vida e Paz que alimenta os sem abrigo e seu projeto” Dreams of Kathmandu” de ajuda às crianças desfavorecidas do Nepal.
Com o mesmo objetivo participou na maratona no Evereste, onde sofreu quedas, que lhes lesionaram um dos pés, impedindo-o de vencer, mas com enorme sofrimento, com uma indomável força de vontade, atingiu o seu objetivo, que era chegar à meta.