Opinião

Contas certas, obra feita e ambição para o futuro

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O Relatório e Contas de 2024 da Câmara Municipal de S. João da Madeira foi discutido na Assembleia Municipal no final de abril. Pelo meio, as legislativas desviaram o foco da política local. Agora, a quatro meses das autárquicas, é tempo de retomar o debate com seriedade e transparência.
Mais do que números, este relatório espelha uma gestão responsável, eficaz e com visão. O ano fechou com resultado positivo, a receita corrente teve uma execução acima dos 99% e a despesa corrente foi cerca de 1,8 milhões de euros inferior à receita equivalente. Esta diferença, que revela uma gestão cuidadosa, permitiu investir mais.
Em 2024 concretizámos intervenções como a requalificação da Rua Oliveira Júnior, novos equipamentos desportivos na Escola Serafim Leite, o parque de estacionamento da Rua Visconde, habitação na Praça Barbezieux, hortas comunitárias, a renovação do Jardim de Infância das Travessas e o arranque da requalificação do Centro de Saúde. Juntam-se muitos melhoramentos em estradas, passeios e espaços verdes. No total, foram investidos 7,6 milhões de euros em despesas de capital.
Este contexto impõe a comparação com anos anteriores. Entre 2022 e 2024, somámos 19,2 milhões de investimentos — mais 6 milhões do que o PSD nos últimos três anos dos seus mandatos. Fizemos mais em menos tempo, quase como se tivéssemos governado um ano extra.
Mas os resultados não se ficam pela obra feita. Desde 2016, a dívida tem diminuído, os prazos médios de pagamento encurtaram de 39 para 30 dias e a receita bruta quase duplicou ultrapassando os 31 milhões de euros — a mais alta de sempre. Tudo sem aumento de impostos. A receita cresceu porque a cidade cresceu: mais população, mais habitação, mais comércio, indústria e investimento público e privado.
A oposição fica desconfortável com estes números e tenta desvalorizar, alegando “anos favoráveis”. Mas isso não resiste à realidade: enfrentámos uma pandemia, inflação, a guerra na Ucrânia e os seus efeitos económicos, falta de mão de obra e concursos desertos que não nos permitem executar ainda mais.
Apesar das contrariedades de contexto, mantemos o rumo. A nossa ambição vai além das limitações orçamentais e ousamos sonhar. Não há promessas esquecidas – há novos projetos, a maioria criados de raiz, que queremos concretizar.
Hoje, a Câmara investe mais, cobra melhor sem subir impostos, paga mais rápido e tem menos dívida. Quando surgem obstáculos e ruído — como na Avenida do Brasil ou no Complexo Paulo Pinto — não perdemos o foco: construir uma cidade mais justa, moderna e com futuro. É só essa ambição que nos move e é com ela que continuamos a trabalhar.

*Presidente do PS S. João da Madeira

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