Nestes tempos que estamos a viver em que a ausência de afetos é uma constante na vida do casal, devido a este terrível vírus. Muita gente vive em apartamentos pouco espaçosos 24 horas.sobre 24 horas. A agravar a situação, um deles ou talvez os dois em teletrabalho são desafios tremendos. Por um lado, a tarefa que requer atenção é constantemente interrompida com os mais diversos pedidos dos seus membros.
Senão vejamos:
Óh mãe, tenho fome!...
Óh mulher,onde está a chave do carro?...
Óh pai, O mano bateu-me!... Ides apanhar os dois !..
Óh homem, ou óh mulher vai fazer a comida ou comprá-la!...
No meio de grande gritaria, a paciência do casal esgota-se e a discussão logo aparece.
Depois, a ameaça do desemprego, a carência de dinheiro para suportar os encargos de uma família, devido aos baixos salários e ao elevado custo de vida, a vergonha de pedir ajuda às instituições de apoio, levam ao desespero. Há um ditado antigo que diz.
- Onde não ´há pão, todos ralham e ninguém tem razão!...
A desunião começa a provocar desgaste. As tarefas são tantas que o carinho, a atenção os mimos, deixam de ter lugar no casal, e quando isto acontece os defeitos mútuos são atirados à cara, com palavras agressivas, minimizando o parceiro.
No princípio da união, só víamos qualidades, porque o amor é cego Agora só os defeitos saltam à vista. E cada um pensa que se enganou, pensando na rotura.
Isto será o fim do amor?...
Não, mas é preciso aprender a amar!...
Como?...Deixar acalmar a tempestade!... Contar até 10 ou mais, antes de reagir. Ter doses de paciência e saber esperar. Saber ouvir, sem interromper ou amuar. Escolher o momento para dizer ao outro o que o fez sofrer, talvez depois da dádiva de um miminho ou após uma boa refeição.
É que ninguém é perfeito e quando se agride ou fere, o sofrimento é grande.
É muito bom dizer bom dia ao acordar, fazer uma carícia na cara, pois até os cãezinhos abanam o rabinho de contentamento, quando lhes acariciam a cabecinha. Desejar bom trabalho e interessar-se como foi o dia de cada um.
Não culpar o outro, quando as coisas não vão bem.
Dizer a quem agride de uma maneira carinhosa:
Ficarias contente se eu te tratasse assim?...
Tentar mudar os próprios comportamentos. Não pensar que o outro já está conquistado e não sente os carinhos, como algo de bom. Não tentar ser dono da verdade e reconhecer que por motivos alheios à nossa vontade, surgem em todos os relacionamentos crises de maior proximidade e de afastamento.
Não intrometer nas crises amigos ou familiares, pois eles vão dificultar.
Meus queridos leitores já vos estou ouvir a dizer:
Óh dona Maria de Lourdes, isto é muito difícil e não somos capazes!. Mas olhai:
Os atletas para ganharem um prémio, quanto não sofrem e não se esforçam para o conseguir, mas a discórdia, a separação, a falta de paz fazem sofrer muito mais.