Cidadania Ativa II

Caros Sanjoanenses
Este é um exemplo das minhas intervenções nas Assembleias municipais. A última Assembleia Municipal realizou-se em 28.11.2024.
Pelo regulamento, não pode exceder o tempo de 5 minutos.
“Boa noite, Sr. Presidente da Assembleia Municipal; Boa noite, Sras. Secretárias; Boa noite, Sr. Presidente da Câmara Municipal; Boa noite, Srs. Vereadores; Boa noite, Srs. Deputados; Boa noite, Srs.
Sou Ana Couto, sou cidadã sanjoanense, sou voluntária de rua da Causa Animal.
Pretendo falar sobre a nossa Cidade.

Apoio Social
Peço a vossa atenção para um exercício de empatia.
Vivo na rua, saio da rua por intermédio do município, tenho acesso a uma habitação social. Como posso sobreviver se o meu rendimento financeiro é inferior a 3 vezes o limiar da pobreza. Ter uma casa é hoje um privilégio, sim, eu sei, mas, como posso viver se apenas tenho mensalmente 190€. Tenho de pagar renda, água, luz, gás, produtos de higiene pessoal e para a casa, avarias na casa, televisão, medicamentos, sou doente com mobilidade reduzida. Pois, não basta tirar da rua e “arremessar” para dentro de uma casa. O município, na minha opinião tem que fazer um acompanhamento real de proximidade e ajudar estes cidadãos a VIVER, o que neste momento está longe de acontecer. Noto falta de empatia, alguma descriminação e desleixo por parte dos serviços públicos que se arrogam de realizar serviço social. Convido vossa excelência, Sr. Presidente a visitar, esta vivência, esta maneira de sobreviver na nossa cidade.

Mobilidade urbana
Pretendo falar sobre o pagamento de estacionamento nas ruas de S. João da Madeira. Conversando com um comerciante, este confidenciou-me, se tiver de pagar o estacionamento, ao final do mês fecho o negócio. O comércio de rua, para além da concorrência das grandes superfícies que inundam a cidade, têm agora o acréscimo do parqueamento pago. É difícil e dramático ser pequeno comerciante na nossa cidade. Pretendo, saber quais as ruas e passeios programados, para serem reparados em 2025.
Património arbóreo
Sr. Presidente, folhas em contexto urbano é lixo, nos passeios e ruas constitui lixo que deve ser removido pois traz consequências negativas à mobilidade, quer dos cidadãos quer dos automóveis. As podas científicas ou não, são extremamente necessárias e urgentes, para quando?

Lixos urbanos
Sendo a nossa Cidade referência ou não, na questão dos lixos, é urgente a limpeza urbana e contentores comuns de lixo devidamente despejados a tempo e horas. Hoje, o contentor central subterrâneo de lixo indiferenciado da Praça da República encontrava-se cheio e contornado de sacos de lixo. Esta praça nunca esteve tão suja como na atualidade, denotando-se completa ausência de limpeza e varredura urbana.

Av. do Brasil
A destruição do design atual da avenida provoca-me sérias dúvidas e receios no sentido do cumprimento do prazo e qualidade do novo design. Na atualidade os prazos de obras públicas assim como a qualidade deixam muito a desejar, pecam por defeito, na minha visão.

Causa Animal
A causa animal, na nossa cidade, está em “letargia absoluta”. O programa CED, não chega para as encomendas, levando a um descontrolo total da população de gatos urbanos. Das dezenas de eventos municipais ao longo destes anos não existiu um único, dedicado à causa animal, o aumento do abandono e maus tratos a animais de companhia não existem para este município, infelizmente. Quando, na minha opinião, o serviço público propõe, a um gato com casa e dono, que, na ausência forçada do dono, propõe o seu abandono numa qualquer colónia, é um serviço desprovido de moral e ética sendo um péssimo exemplo para o cidadão. Este gatinho existiu, o” JoJo”, no final desta história morreu. Obrigada. Fiquem bem.”
Esta foi a minha intervenção na Assembleia Municipal.
Vivemos em democracia e temos o direito e o dever de questionar a nossa cidade e quem a governa.
Não ofendo nem prejudico ninguém. Peço, unicamente respostas concretas e corretas a questões do dia-a-dia.
Obrigada, sejamos felizes.