Por vezes um jogo perigoso, brincar com as palavras, é o mesmo que brincar com o fogo. Escrever, tentar não ferir susceptibilidades, o que não deixa de ser um exercício difícil. O encontro da esquizofrenia, o que normalmente leva à violência não só verbal como também física. O bipolar, ora a beber um sumo em Copacabana, ora um sem abrigo em Nova Iorque, em Lisboa ou no Porto, porque não. Tipo o solista, do livro ou do filme, conhecem?!
As primeiras palavras que nos ensinaram em francês: le soleil, l`amour, etc, em inglês: free, freedom. Liberdade que nos foi sonegada durante muitos anos. A nossa liberdade acaba onde começa a dos outros. Quem nos dera que assim fosse!
De repente observamos a detenção do rapper Pablo Hasél, porque a liberdade de expressão parece que ainda está interdita aos nossos vizinhos espanhóis. Outro catalão, de quem já vos falei, Carlos Ruiz Zafon diz: “ Podemos dizer tudo a um homem, menos a verdade.”
Por cá debatemo-nos com uma palavra recente: obsolescência. Sentimos que ela existe quando vemos os nossos eletrodomésticos a avariar. Quando determinados produtos que adquirimos têm um tempo de vida muito limitado.
Outra palavra muito em uso por estes dias: confinamento. Por todas as razões que infelizmente conhecemos passou a fazer parte do nosso dia-a-dia.
Quando pensamos em palavras ocorre-nos as nossas necessidades, mas para além das nossas necessidades, então pensamos em partilhar, em solidariedade... e quantos de nós, não ficamos só pelas palavras... dá que pensar. Nesta parte, ocorre-me um slogan que já vem dos anos sessenta do século passado “Façam amor não a guerra.”
A minha proposta musical vai para o disco “I ain´t mad at you”, de Chick Corea, um dos grandes do jazz que nos deixou, fisicamente, recentemente. A sua música será sempre ouvida. Na leitura, se quiserem divertir-se durante uns dias: “A guerra do fim do mundo”, de Mário Vargas Llosa.
Mais um esforço, ... estamos quase a poder ver um jogo de basquetebol ao vivo! Fiquem bem!