Decorria o ano 2014, quando um projeto de renovação das Piscinas Municipais surgiu tendo em vista a sua renovação e modernização da infraestrutura, bem como dos seus espaços envolventes. Quis o destino ou a vontade de quem tinha voz na cidade que esse projeto, mesmo sendo financiado em parte por fundos comunitários europeus, não avançasse e ficasse refém da vontade dos vereadores da oposição da altura. A voz dos cidadãos não foi tida em conta por parte dos responsáveis da oposição, dado que nem o abaixo-assinado que os sanjoanenses, incluído eu, assinaram foi analisado e fez repensar na hora da tomada de decisão de chumbar este investimento.
Decorridos dez anos desde esse impasse, a modernização surge novamente como tema da ordem do dia, onde, mais uma vez, os sanjoanenses viram atrasadas e minimizadas as suas atividades durante uma década. Uma instalação como as Piscinas Municipais é o espaço mais amplamente social que poderá existir numa cidade: onde bebés e crianças aprendem a nadar e se adaptam ao meio aquático iniciando a sua atividade desportiva; os jovens ingressam num clube desportivo e numa vertente competitiva; as famílias se divertem e se entretêm, quer nas piscinas interiores, quer nas exteriores quando o tempo o permite; os mais idosos complementam a sua atividade diária e a sua saúde com as aulas de hidroginástica.
Os espaços devem estar ao serviço da comunidade e numas instalações que já possuem várias décadas, bastante degradadas, com baixa eficiência energética e que têm sido pouco ou nada intervencionadas (apenas para pequenas reparações para suprir as necessidades), urge a sua remodelação. Como exemplo disso, há já vários anos consecutivos que os sanjoanenses se vêem privados de utilização de alguns tanques das piscinas exteriores por sucessivas fugas.
Erguer betão não é necessariamente sinónimo de deixar obra na cidade mas atrasar por demais a renovação das instalações municipais não é concebível. Todavia, avançar com projetos também não é deixar obra na cidade, executá-los é que modifica verdadeiramente a vida dos cidadãos. Ao que se apresenta, dez anos não foram suficientes para encontrar uma nova solução ideal para o financiamento destes projetos, uma vez que este ainda é desconhecido.
Ao contrário do que acontece numa falsa partida, em que o nadador se atira cedo demais para a piscina numa competição, os sanjoanenses viram-se atrasados na partida naquilo que é a modernização dos seus espaços desportivos quando comparados com os concelhos vizinhos.
Vice-Coordenador Iniciativa Liberal S. João da Madeira
Partilhar
Imprimir
