Opinião

Até sempre!

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1. Na última edição enquanto diretor-executivo d’O Regional, não podia deixar de agradecer o honroso convite que me dirigiram para assumir um projeto de renovação editorial do jornal. O mesmo está longe de estar terminado e terá seguramente boa continuidade no futuro próximo. Por outro lado, devo sublinhar o privilégio que foi colaborar nesta instituição, que é parte muito relevante da história de São João da Madeira e, a muito breve prazo, cumpre um meritório centenário de publicação, fenómeno – infelizmente – cada vez mais raro na comunicação social.
Finalmente, agradeço publicamente aos colaboradores d’O Regional pelo apoio prestado, desejando que prossigam o projeto com garra e entusiasmo, prestigiando o jornalismo local e regional. Quase nunca é uma missão justamente reconhecida, é demasiadas vezes incompreendida e desrespeitada, mas cumpre um papel fundamental e insubstituível nas sociedades democráticas. Longa vida a O Regional!

2. A chamada imprensa local tem, como diz o povo, as costas largas. Nuns dias é acusada de fazer o mal e a caramunha, porque a notícia desagradou. Noutros é porque agrada demais e, aí sim, já devia ter sido mais severa ou agressiva. Importa, talvez, recuperar a célebre frase de W.R. Hearst – magnata da imprensa americana, cuja persona inspirou Citizen Kane – “jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique; o resto é publicidade”, para perceber melhor o valor de uma comunicação social livre.
Vem isto a propósito do período autárquico, onde o dedo acusador dos candidatos está sempre pronto a ser apontado aos jornalistas. Talvez estes democratas de pacotilha, muito modernos e arejados por fora, mas ocos e bafientos por dentro, devessem compreender bem o conceito de liberdade de imprensa, antes de terem pretensões políticas mais elevadas. Não há democracia sem jornalismo.

 

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