Opinião

Apelo que doi tanto!...

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Há apelos que fazem cortar o coração.
É o caso de Nadia, avó de de Nahel de 17 anos, jovem morto pela polícia, em França, por circular na via do Bus e dada a ordem de paragem não obedeceu.
Meu Deus, não haveria outros meios para o fazer cumprir a lei?...
Seguiu-se a esta tragédia, realizada por jovens ainda adolescentes uma destruição em massa:
Autocarros incendiados, escolas destruídas, montras vandalizadas, carros incendiados, instituições queimadas, casas destruídas, bem como assaltos e jovens encarcerados.
Na televisão há um apelo dramático dum coração tão dorido, feito pela avó de Nahel que me fez vir as lágrimas aos olhos, porque sou uma pessoa extremamente sensível.
Em alta voz pedia:
- Parem, por favor!...
-Eu perdi a minha filha e o meu neto, mas não consigo vêr tanta violência, tanta destruição!...
- Os autocarros que destruístes, vós também viajais neles, são para o vosso bem!...
- As escolas que incendiastes, são as vossas escolas, precisais delas!......
- Depositais o vosso lixo nos contentores destruídos, também vos pertencem!...
- Apelou também às forças armadas, para tratarem com dignidade e sem usar tanta violência sobre os que vivem nas periferias.
Apelou a Macron que esteja mais atento aos que acolhe, pois precisa deles, devido à falta de mão de obra. Os presidentes das Câmara desses bairros pediram ao governo, para estar mais perto destas zonas, para saber das suas necessidades.
Neste mundo em constante ebulição é bom relembrar o sermão do padre António Vieira sobre o monstro da guerra.
Ele um dia disse:
- Esse monstro que é a guerra sustenta-se das fazendas , do sangue, das vidas. E quanto mais come e consome, menos se farta. Ela leva os campos, as casas, as vilas, as cidades, os reinos num momento.
- É aquela calamidade, em que não há mal que se não padeça, nem bem que seja próprio ou seguro!...
- O pai não tem seguro o filho, o rico não tem segura a fazenda, o religioso a sua cela, o pobre o seu suor e até Deus no sacrário não está seguro.
É tal a riqueza de vocabulário e a sua fluidez no discurso, que os seus sermões ainda hoje fazem parte do ensino secundário.
Ao terminar, deixo um apelo aos meus queridos leitores:
Construamos a paz nas escolas, na nossa família, no desporto, nas empresas, no ambiente e todos seremos mais felizes. Isto custa, mas vale a pena.

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