Caros Sanjoanenses
Sou a voluntária de rua da Causa Animal de S. João da Madeira.
Estamos perante o começo de um novo ano, estamos perante a esperança de que, na nossa vida citadina, algo mude, se transforme.
Para que não seja só uma vaga e vã esperança é necessário fazer a revisão do ano que terminou, 2023.
Depois de revisto, ter a noção, do que é necessário mudar, adaptar, inovar no sentido de Ano Novo/Vida Nova, de contrário, corremos o risco de, Ano Novo/Vida Velha.
Vivemos tempos conturbados a nível global.
Tempos, que nos pedem reflexão, consciência e principalmente informação.
Para que, cada um de nós, possa fazer e contribuir, para a mudança, para o bem comum, para a cidade.
Sou uma simples e humilde cidadã sanjoanense, tenho uma visão de como pretendo viver a minha, a nossa Cidade.
O ano que passou, a nível municipal, foi um ano, mais do mesmo.
Na nossa cidade, a mobilidade, continua, difícil, acidentada, pois as ruas estão cheias de, buracos, remendos. A manutenção das vias rodoviárias foi mínima, sendo assim, nos mínimos, algo defeituosa.
Por exemplo, na rua Visconde de São João da Madeira, houve requalificação da rua, passados alguns dias desta requalificação, a rua foi esburacada para a colocação de canalização.
Então primeiro arranja-se, requalifica-se e depois esburaca-se? O que se passa, aqui? Então? Não compreendo.
Tal como as estradas os passeios, idem. Pois, o mesmo. Mínima requalificação.
A limpeza urbana, sofreu, na minha opinião um retrocesso, a varredura é realizada, apenas em alguns arruamentos, claro nos mais visíveis, claro. Assim, até parece que esta pequena cidade de 8km quadrados, está limpinha, limpinha.
Os caixotes do lixo, normalmente a abarrotarem, e, constatamos que a separação feita pelos cidadãos é mínima, mínima. Então, o que se passa? Será ignorância, dirão uns, falta de civismo, dirão outros e outros é comodismo. Será?
O parque arbóreo, sofreu, árvores caíram, outras foram abatidas, deixando dezenas de caldeiras vazias.
Reparo, que nalgumas zonas da cidade, sempre nas mais visíveis, apareceram umas cercas laranja em algumas caldeiras vazias. Tendo como resultado final a plantação de uma pequena e jovem árvore. Reparei que esta jovem árvore é da espécie da que ali viveu? Então não existia aqui a hipótese de plantar uma árvore mais amiga da cidade? Então não?
Habitação, temos na nossa cidade, dezenas de lojas vazias, dezenas de espaços vazios que seriam convertidos em habitação acessível.
Para isso seria necessário diálogo entre município e proprietários no sentido desta solução. Será possível? Estou em crer que sim.
Incentivos ao pequeno comércio, ao comércio de rua, existem? Existem?
Como sabemos a permissão da existência de tantas grandes superfícies comerciais na cidade, arrasou com o pequeno comércio. Isto foi pensado, por quem autorizou, ou, nem por isso? Não foi pensado? Devia ter sido.
A Causa Animal na nossa cidade, apesar da existência de 5 associação a ela dedicadas, uma provedoria de animais, o ano de 2023, representou um retrocesso, nesta área, infelizmente para os animais e para quem deles cuida.
A falta de interesse, sensibilidade, e, porque os animais não cantam, não dançam, não pintam, não escrevem, não falam e principalmente não votam, a vontade política, municipal, da resolução dos seus problemas, ficou guardada numa qualquer gaveta até que seja oportuno.
Fica o agradecimento às cuidadoras, às voluntárias, às associações que efetivamente lutam diariamente pelo bem-estar destes seres sem voz.
Existem, muitas mais áreas e assuntos nos quais devemos pensar, como os queremos viver, ou não. Depende unicamente de nós.
Feliz Ano 2024. Fiquem bem. Sejam felizes.