Quando queremos fazer finca pé, com os nossos argumentos, e nos começamos a estender ao comprido, os nossos interlocutores, normalmente atiram-nos com um “Não mistures alhos com bugalhos…”. E, logo, temos de usar um golpe de rins e continuar a argumentar, já em défice, mas não a perder. A resposta afeta-nos, mas não nos silencia, quando nos começa a faltar os argumentos, dialetos filosóficos. Vamo-nos entreter com os alhos e deixamos os bugalhos para mais tarde. Então, os alhos… Qualquer cozinheiro, mesmo sem estrelas, tem no seu cardápio o uso deste ingrediente - os alhos. A lista do quanto o alho é um bem para a nossa saúde é infindável… Qualquer nutricionista nos fala das qualidades dos alhos.
Dos alhos estamos por agora falados.


Está bem, eu sei que vocês já pensaram, bastou ter escrito a palavra alhos, para que tivessem pensado no bacalhau. Mas, não é só no bacalhau. Todas as nossas comidas jogam bem com o nosso amigo alho. Com os bugalhos a história é diferente… Com um bugalho e uns troços de couves jogávamos hóquei sem patins. O bugalho servia de bola.
A nossa maior descoberta em relação ao bugalho era ao abri-lo, descobrir no seu interior um ovo que continha uma mosca, não acreditam?! Façam vocês próprios a experiência! Ainda a propósito de bugalhos…
O atual primeiro-ministro apregoou na campanha eleitoral nas legislativas para a Assembleia Nacional que tudo iria fazer para que os nossos jovens não emigrassem. E, mais faria para que os que já emigraram regressassem ao país. Até aqui tudo bem.
Chega a primeiro-ministro. Estão à porta as Europeias. Quem é que o nosso primeiro-ministro nomeia para cabeça de lista do seu partido? Espantem-se! Um jovem, de seu nome Bugalho.
Então, queremos que os jovens fiquem ou partam? Em que é que ficamos?! Só mais uma. Este jovem Bugalho, no arranque da sua campanha, começa por afirmar que o anterior primeiro-ministro “Costa é passado”, eu direi que ontem é passado, mas também digo, e, sempre o pensei, que quem nega o passado não tem futuro. Na música, uns portugueses que valem a pena serem ouvidos, Sete Lágrimas. Nos livros, o último livro de Paul Auster, que nos deixou há uns dias, “Baumgartner”. Cuidado com as misturas, ou não… Existem misturas fantásticas! Sempre bebi café com leite… Alhos e bugalho…