Opinião

Afinal, onde estamos?

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Começo este texto com uma nota positiva. Há tempos escrevi-vos sobre a escuridão que se fazia sentir numa determinada estrada em São João da Madeira. Quase duas semanas depois o problema foi resolvido. Afinal, vale a pena apontar o que vai de menos bem para que alguém faça alguma coisa. Pelo menos assim vai-se fazendo.
Agora viremo-nos para o assunto de hoje: onde estamos?
Eu sei onde estamos, e o leitor também o saberá. Afinal, está a ler O Regional. Mas será que todos sabemos onde estamos?
Não sei se é só ideia minha, mas parece-me que há mais pessoas a visitar São João da Madeira. Seja como destino final, ou como ponto de passagem, a verdade é que a nossa cidade está a despertar o interesse dos turistas. E que bom que assim é!
É muito agradável conhecermos terras espalhadas pelo nosso belo Portugal, e se há sítios lindos é por aqui. Tenho por hábito passear pelo Norte e Centro de Portugal, sobretudo quando o tempo está mais propício a passeios. E sabem o que tenho notado? Que as terras que querem ter mais turismo e apostam nisso, têm sempre pelo menos um ponto de referência com o nome da sua cidade em tamanho gigante. Não só para marcar território, mas também para os turistas saberem onde estão e poderem tirar fotografias.
A verdade é que a fotografia é uma arte. Apesar de as redes sociais terem vulgarizado a fotografia, esta tem o seu valor e todos gostamos de ver fotografias para recordar tempos bem passados e sítios que já visitámos. Por que razão não estamos a dar condições para que se faça isso também em São João da Madeira? Claro que temos sítios bonitos onde todos podemos eternizá-los em fotografia. Não obstante, daqui a uns anos irão recordar-se de onde é aquele jardim ou aquelas rotundas cheias de flores?
É engano meu, ou não temos um ponto bonito da cidade devidamente decorado com os dizeres da cidade? Por que não uma decoração (que caracterize a cidade) na Praça Luís Ribeiro a complementar o espetáculo de água que lá temos? Ou umas letras em tamanho gigante com o nome da cidade no Parque Municipal ou no Parque do Rio Ul?
São apenas umas sugestões para tornarmos a nossa cidade num sítio ainda mais aprazível. Não vamos cingir-nos às placas das estradas onde indicam o nome da terra. Até porque não são poucas as vezes que vemos essas placas tapadas pelas ramadas.
Vamos ser fazedores de memórias (fotográficas e não só) de quem cá vive e de quem tem a sorte por cá passar.
Será que quem não é de cá sabe onde está?

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