Opinião

A sondagem publicada pelo O Regional

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Em julho, este jornal assumiu que já era tempo de as eleições autárquicas entraram nas discussões do quotidiano sanjoanense.
Mesmo com os indicadores da pandemia a incomodarem a população, era importante os leitores saberem, antes do fecho para férias da redação, qual a opinião dos candidatos a presidente da Câmara Municipal sobre certos e determinados assuntos. Com este pressuposto, a publicação em duas edições, em sistema partilhado, surgiu com naturalidade e os leitores ficaram conhecedores de algumas das propostas dos candidatos então conhecidos.
Agosto trouxe a notícia de mais duas candidaturas. Apesar de já estar programado a divulgação das opiniões dos candidatos a presidente da junta de freguesia, que ocuparam efetivamente as duas primeiras edições do mês de setembro, por uma questão de pluralismo optou-se por incluir, na primeira edição de setembro, a opinião dos candidatos desses dois partidos. Infelizmente, o tempo editorial não foi respeitado por estas candidaturas e desta forma, não restou a este jornal outra hipótese senão manter o seu próprio calendário, optando por prosseguir com a programação definida.
Ainda na semana passada, para culminar a divulgação dos candidatos a presidente dos vários órgãos autárquicos, o jornal incluía uma breve entrevista efetuada às cabeças de lista da Assembleia Municipal, dos partidos ou coligações concorrentes.
No decorrer desta semana, apesar de dois adiamentos sucessivos, o jornal O Regional organizou um debate convidando as seis forças políticas candidatas. Mantendo o pluralismo editorial. Primeira oportunidade para todos os candidatos debaterem frente a frente alguns assuntos relevantes do concelho e que foi um dos pontos altos desta campanha eleitoral.
Para a presente edição, a três dias da eleição, O Regional, juntamente com a Intercampus, publica uma sondagem.
O resultado apresentado prevê uma vitória, clara, com maioria absoluta para o Partido Socialista. Ficando perto de repetir o resultado de há quatro anos, em que elegeu 5 vereadores. Como se pode ver na ficha técnica, a margem de erro é de 4,9%, o que garante a maioria. O número de indecisos, 6,5%, deixa algumas dúvidas sobre a eleição, ou não, do 5º vereador, por parte do PS.
Face a esta incerteza, o resultado da sondagem prevê que a coligação PSD/CDS-PP/IL conseguirá eleger dois vereadores, ficando a dúvida se alcançará votos suficientes para eleger o seu terceiro eleito.
As restantes forças políticas concorrentes ficam bastante longe da eleição de qualquer vereador. Ainda assim, haverá um patamar de proximidade de resultados de três concorrentes: CDU, Bloco de Esquerda e Chega. Ficando a candidatura Nós, Cidadãos um pouco mais para trás.
É evidente que qualquer sondagem não permite tirar conclusões. É uma previsão face à amostra, 401 eleitores com recolha por entrevista direta e com simulação de intenção de voto em urna, que necessita, como em qualquer eleição, da validação dos eleitores.
Caberá, por isso, aos votantes exercer o seu direito. O resultado do sufrágio confirmará, certamente, os resultados apresentados e retirará todas as dúvidas que subsistem ao estudo.
Um apelo final à participação na eleição. Mesmo com aclaração do número de eleitores, já verificada na eleição presidencial de janeiro, a previsão para as autárquicas é que a abstenção fique acima dos 35%, o que é uma evidência do desinteresse da população na política, mesmo de proximidade, o que é sempre de lamentar.
Domingo, seja qualquer for a previsão meteorológica, vá votar.

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