Uma apresentadora do canal 1 foi severamente criticada, quando se despediu dos espetadores do programa que apresenta, com o slogan do nosso povo muito conhecido:
“Até amanhã se Deus quiser”.
Foi o que aconteceu a Dina Aguiar no programa “Portugal em Direto”.
Logo, Fernanda Câncio que foi namorada de Socrátes, veio dizer que o mesmo não era um jornal da paróquia ligado à igreja, para se invocar o nome de Deus. As redes sociais afetas à linha defendida por Fernanda Câncio, também fizeram bastante alarido.
Então a liberdade de expressão pode ser admitida para uns e cortada para outros?...
Parabéns, Júlio Isidro e Tânia Ribas, que se apressaram em vir em defesa da Dina.
Estas atitudes dos críticos, impedem os apresentadores de serem eles próprios e terem liberdade de expressão, com receio de serem despedidos.
E por que narro este episódio?...
Vi na SIC, no programa 'Júlia' a entrevista de Jorge Gabriel que me apaixonou bastante, pela grande coragem e abertura do seu coração. Ainda bem que não a deu no canal 1.
Mas foi corajoso em o fazer, pois trabalha no canal 1, há cerca de 20 anos na Praça da Alegria.
Talvez tivessem medo de ele sair e perder a sua competência.
Não conhecia nada da sua história e foi com emoção que o ouvi.
Falou com muito carinho do seu pai, que se manteve autónomo em sua casa até aos 92 anos.
Subia 72 degraus sempre que saía, à rua para alguma necessidade, para chegar ao lugar onde vivia.
Com tal idade é mesmo de admirar.
Um dia caiu nas escadas e o Jorge não lhe queria impôr levá-do seu cantinho. Então o seu querido pai, olhando-o ternamente, segreda-lhe:
Leva-me daqui, meu filho, por favor, ajuda-me!...
Apanhou a covid, para onde foi levado, pois o entrevistado vive no Porto, mas está sempre em viagem para Lisboa, em serviço.
Seu pai morre com 96 anos, vítima do vírus e a maior dor do filho foi não o terem deixado ir ao seu encontro. Na véspera de Natal foi visitá-lo e gravou a sua última conversa que guarda até hoje.
No entanto não mais a ouviu, porque a comoção que vai sentir é enorme. Guarda-a como uma verdadeira relíquia.
Falou também da sua espiritualidade, dizendo que o personagem que mais o fascinou, foi um personagem histórico que viveu na Palestina e com um exemplo de vida que, se os homens o seguissem, o mundo seria melhor: Jesus de Nazaré.
Referiu ainda com toda a convicção:
Quem não acredita Nele, não devia acreditar na história, pois toda ela se baseia em personagens que viveram milhares de anos antes de Cristo, como é o caso da história dos egípcios e de outros povos da antiguidade.
A felicidade não é individual é partilhada. Jorge Gabriel é voluntário e quando vê a alegria e a felicidade estampada no rosto daqueles que ajuda, sem esperar nada em troca, sente-se também imensamente feliz.