Estive em tratamento há poucos dias nas termas de S. Pedro do Sul e fiquei tão surpreendida com tanta beleza deste pequenino espaço territorial, que não resisto a referi-lo.
E o que mais despertou a minha atenção?...
- O esmerado asseio dos jardins e espaços relvados;
-A profusão de flores na ponte pedonal e em todos os sítios, nomeadamente ao longo de todo o cumprimento do edifício termal;
- A lavagem dos fontenários termais com vassouras, para que o enxofre ali depositado, não lhe tirasse a beleza;
- A ausência de silvados ou matagais em toda a área;
- A ausência de ervas daninhas nos jardins;
- Varredores sempre a alindar as ruas;
-A alegria das crianças a indagar quem aqueceu aquela água, a experimentar e a brincar alternadamente com a quente e a fria, esta que em repuxos, jorrava do chão;
- Por fim, o esmero e a simpatia quer das instalações com os aparelhos mais modernos das secções de tratamento, quer o carinho e a delicadeza dispensada, por todos os funcionários a todos os utentes destes serviços.
Depois do que vi, penso que a nossa terra tem de se preocupar não apenas em alindar o centro, mas os matagais que muito a desfeiam, mesmo junto e muito perto dele.
E o que deve ser feito?
- Arrancar com maquinas as plumas invasoras e relvar esses espaços, pois se não o fizerem o corte nada resolve, porque as sementes levadas pelo vento continuarão a infestar a nossa terra. No espaço de poucas semanas, voltam a crescer;
- A nossa velha piscina não dignifica a nossa cidade;
- Sensibilização para a apanha de dejetos de animais;
- Alertar o governo, para que a quem tenha o rendimento mínimo garantido, seja atribuído um espaço para cuidar ou limpar ou aproveitar instalações já existentes, onde eles sejam obrigados a aprender uma arte: serralharia, arranjo de aparelhos elétricos, pichelaria, cozinha, e outros, que tanta falta fazem, pois há muito poucos.
A quem se recusasse este subsídio deveria ser cortado.
Eu tenho uma pequenina horta e um pomar ao lado de minha casa num terreno que comprei e está ajardinado, cuidado por mim.
Distribuo a fruta pelos meus vizinhos que muito agradecem.
Um dia, um senhor fez-me este reparo:
- A mulher de um engenheiro a trabalhar no campo?...
- Não tem vergonha?...
Sabem qual foi a minha resposta?
- Eu estou muito preocupado com o senhor, pois sei que está a sofrer por minha causa e eu ando tão feliz a cuidar das minhas flores e dos meus legumes!...
Amigos, trabalhar é uma honra. Vergonha é fazer mal e humilhar quem trabalha. A preguiça é que é defeito e a mãe de todos os vícios.