Opinião

25 de Novembro sempre!

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Liberdade?! A juventude que ainda me caracteriza permitiu que toda a minha vida fosse vivida em Liberdade. Liberdade que foi conquistada em vários dias por vários protagonistas, mas também por todos quantos lutaram e lutam para que vivamos neste estado. Este já não é o “estado a que chegamos” como proferiu o célebre Salgueiro Maia na noite da Revolução de Abril, mas sim o estado pelo qual os portugueses lutaram. Lutaram sem armas em Abril de 74 mas que só foi conquistado em Novembro de 75.
A esquerda que permitiu que a extrema-esquerda se apropriasse da Liberdade conquistada em Abril teve um papel fundamental na escamoteação dos factos históricos que fizeram cumprir Abril. É factual que o famoso Verão Quente de 1975 se caracterizou pelo golpe falhado de direita em março desse mesmo ano e que veio acelerar as movimentações de esquerda, nomeadamente, diversas expropriações de terras, assaltos e vandalização de várias sedes partidárias e até o cerco da Assembleia Constituinte durante dois dias. Todos estes factos levaram a que os rumores de que Portugal vivia próximo a uma guerra civil se intensificassem com várias fações da sociedade portuguesa com opiniões díspares naquilo que deveria ser o modelo de Estado futuro para Portugal.
A 25 de novembro de 1975, Portugal estava à beira de ser “sovietizado” por elementos ligados ao PCP. Havia ordens para que determinados grupos saíssem à rua para aquilo que havia de ser uma tentativa de golpe de estado falhada. Falhada porque o “Grupo dos Nove”, um grupo de militares moderados liderados pelo General Ramalho Eanes, levaram a cabo um plano militar para por termo à revolução armada popular e, de uma forma geral, mais uma vez, a moderação venceu os extremismos. Em Portugal, o fascismo foi vencido em Abril de 74 e aquilo que viria a ser a sua sovietização e submissão às forças de leste foi parado em Novembro de 75.
A celebração e a valorização da Liberdade deve ser feita todos os dias por todos os portugueses. A liberdade de cada individuo, a liberdade e os direitos das mulheres, a liberdade e o escrutínio feito pela comunicação social… Basicamente o direito a sermos livres. Importa que haja uma celebração oficial do dia da Revolução dos Cravos, razão pela qual é feriado nacional, todavia, o dia em que Portugal, mais uma vez de forma mais ou menos pacífica, como já tinha sido em abril, implementou definitivamente a democracia em Portugal deve ser lembrado e celebrado. Não é porque a extrema-esquerda saiu derrotada nesse dia que esse dia deve ser esquecido.
Estas celebrações permitem relembrarmo-nos que só em Novembro se cumpriu Abril! Só há Liberdade porque houve o 25 de novembro! Não há Liberdade sem Abril, mas não se vive em Liberdade sem Novembro! Viva o 25 de Abril! Viva o 25 de Novembro! Viva a Liberdade!

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