Normalmente deslocamo-nos a Milheirós. Lá somos sempre bem recebidos e ficamos com a sensação de que somos bem-vindos. Nós e todos os sanjoanenses e todos que lá queiram ir. Desta vez, fomos convidados, nós e mais cerca de cinquenta pessoas, que, em comum, fazemos parte da mesma família. O objetivo era encontrarmo-nos todos na igreja, para aí sermos testemunhas da celebração dos vinte e cinco anos do casamento do Carlos e da Zeza. Confesso que não sou muito dado a entrar em igrejas, bem mas são locais com uma acústica maravilhosa... Mas, desta vez, por amizade e respeito para com o casal e toda a família, lá fui! Respeitando todo o ritual do levantar e sentar, os meus ouvidos estavam atentos ao que o orador ia dizendo... Uma pessoa extremamente humana, consciente dos problemas das famílias e dos jovens na atualidade. De repente, não só os meus ouvidos, mas também todo o meu corpo se deixou envolver por tudo o que ali dentro se ia passando. Num pequeno aparte e num momento de reflexão que nos foi pedido, veio-me à memória ter ido àquela igreja numa missa do galo... ainda o tio António fazia parte do coro! Mas, se aquele coro atuasse sempre eu estava na primeira fila de cada missa. Ainda nesse momento, o meu filho Pedro sussurrou-me aos ouvidos que, nos Estados Unidos, onde ele assistiu a uma missa, ali estava a faltar os cânticos. Bem, durante as cerimónias na igreja também foram assinalados os doze anos do casamento do Carlos Pinheiro com a Teresinha. No final, empolgado com o discurso do “senhor Padre” pedi para ir conhecer e dar-lhe os parabéns pelas palavras proferidas durante o seu discurso. Elucidaram-me que o orador não era padre, mas sim diácono... e chamava-se Valentim. Fomos cumprimentá-lo, e, depois de alguns minutos de troca de palavras e conhecimentos, lá vim maravilhado com o diácono Valentim. Ao longo do resto do dia, pude constatar que o senhor diácono é uma pessoa muito querida na freguesia. No seguimento das cerimónias, houve o convívio entre todas as pessoas presentes. Tivemos a oportunidade de abraçar pessoas que já não víamos algum tempo... mas algum tempo mesmo! Tive, também, a oportunidade para jogar uma boa partida de sueca com jogadores daqueles que tratam as cartas por tu!!! Ainda mostrei os meus dotes de jogador de matraquilhos, mas deu para ver que estou enferrujado... Convívio, comida e vinho... meus amigos deu para me estragar um pouco, mas como se costuma dizer: “um dia não são dias!”
Moral da história, ainda é possível sermos felizes e construir famílias com bons alicerces! Carlos e Zeza são os nossos votos para que continuem felizes! E faço-me já convidado para os cinquenta anos. Este casal é um bom exemplo, na certeza que estão na senda de muitos e bons casais aqui na nossa terra que já passaram os cinquenta anos de casamento.
Na música, mais uma visita ao vinil, e proponho-vos Gentle Giants.
Nos livros “Os folgazões”, de Robert Louis Stevenson.
Sem esforço, sejam felizes!!!