Começou a trabalhar na Flexitex a 6 de outubro de 1980, portanto, há 41 anos. Martinho Pereira, de Oliveira de Azeméis, tinha 17 anos quando chegou à empresa.
Antes de entrar na Flexitex trabalhou como padeiro quase dois anos. “Depois vim para aqui e aqui fiquei”. “Em 78/79 trabalhava de segunda-feira, não havia feriados nem nada, ganhava bem, mas aqui só trabalho de segunda a sexta-feira”, explica, confirmando que gosta do seu trabalho.
No início, “foi tempo de aprendizagem”, tendo começado na tecelagem, onde esteve “perto de dois anos”. “Quando vim para cá, o normal era começar a limpar, fazer coisas simples, depois fui andando. Encher canelas, carregar teares... até à manutenção”, conta a ‘O Regional’.
Aos 58 anos, Martinho Pereira fala também das mudanças que, ao longo do tempo, verificou no âmbito do seu trabalho, destacando o idioma dos manuais. “Atualmente, os manuais já têm língua portuguesa, mas, antigamente, vinha em alemão e havia dificuldade, tinha problemas em várias maquinas e tinha de ir aos escritórios para alguém me traduzir”, refere.
Quanto às máquinas “a função é a mesma, que é de fazer tecido”, são é mais simples, “mais mecanizadas”, exigindo menos esforço humano.
“Acho bem mostrar o que se fabrica em S. João da Madeira, muita gente não sabe, se calhar, nem sabe onde é a Flexitex”, diz sobre o Turismo Industrial.
Artigo disponível, em versão integral, na edição nº 3861 de O Regional, publicada em 14 de outubro de 2021