Greve encerra escolas na cidade e deixa milhares de alunos sem aulas

A greve dos professores no distrito de Aveiro deixou milhares de alunos sem aulas em S. João da Madeira. Entre várias medidas, os docentes exigem uma “negociação séria” com o Governo.

As principais sedes de Agrupamentos de escolas de S. João da Madeira (Oliveira Júnior, Dr. Serafim Leite e João da Silva) estiveram encerradas na última terça-feira, dia 17, devido à greve dos distritos que arrancou segunda-feira, em Lisboa, tendo registado uma adesão superior a 90%. Um dia depois, a paralisação chegou às escolas do Distrito de Aveiro, deixando entre muitas outras cidades, e em S. João da Madeira, milhares de alunos sem aulas.
Conforme ‘O Regional’ conseguiu apurar, além da sede dos três agrupamentos, a Escola EB 2,3 de S. João da Madeira também esteve de portas encerradas. Relativamente aos 10 Jardins de Infância públicos, só uma turma esteve a funcionar, uma vez que a educadora “não aderiu à greve”. Já as nove escolas do 1.º Ciclo, só quatro turmas funcionaram, dividindo os alunos por três escolas.
De salientar que os docentes exigem melhores condições de trabalho e salariais, o fim da precariedade, a progressão mais rápida na carreira, e protestam ainda contra propostas do Governo para a revisão do regime de recrutamento e colocação, que está a ser negociada com os sindicatos do setor.
António Morais, dirigente do Sindicato de Professores da Região Centro, em declarações à SIC, disse que os motivos da greve “são mais que muitos, desde o tempo da Maria de Lurdes, que começou a dar facadas e a fazer sangrar a escola pública”. Garantiu ainda que os ministros que a sucederam ,“em vez de curar as feridas, continuaram a dar facadas”.
Quanto ao atual Ministro da Educação o dirigente sindical alega que era sua intenção dar a “estucada final” e a luta dos professores “é para salvar a escola pública”.

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