O Agrupamento de Escolas João da Silva Correia oferece aos alunos diversos clubes, que são uma forte mais valia, e vão das ciências às artes.
“Ciência em ação” privilegia a ciência aplicada e as tecnologias, promovendo o gosto pela investigação, através da partilha de saberes de forma articulada com o currículo e recorrendo a múltiplas literacias. A professora Cristina Ferreira confessa que “ser responsável pelo clube é poder explorar a ciência lado a lado com os alunos, saindo do clássico papel de professor, sem a preocupação de cumprir um programa. É poder partir de interesses comuns e da vontade de aprender para desenvolver projetos que permitam encontrar soluções criativas para problemas atuais”. Aos olhos de alunos, é “um espaço para os que querem levar a ciência para além das aulas” em que todos têm mais liberdade e mais oportunidade para trabalhar no laboratório. Liberdade, autonomia, querer saber e cooperação são alguns dos ingredientes que fazem com que funcione tão bem.
O clube de teatro “Lua Nova”, dinamizado pela professora Ana Guimarães, com mais de 30 inscrições, parou, devido à pandemia, mas promete voltar com o espírito de sempre. Ser responsável por este clube exige gostar muito do que se faz. Sendo uma das suas paixões, com a ajuda da professora Cidália Cruz, a professora projeta e concretiza o cenário das peças que escreve. O clube ajuda alunos com problemas de autoestima, que acabam por se revelar grandes estrelas em cima do palco.
O “Teatro Musical” nasceu da ideia de juntar diferentes áreas artísticas. Em parceria com os professores António Ribeiro e Ana Paula Oliveira, o projeto do professor Paulo Oliveira evoluiu e envolveu instituições extraescola na produção do espetáculo final, em 2019, na Oliva Creative Factory, e mais de 200 alunos. Devido à conjuntura atual, o projeto foi reformulado e são feitas mini representações em vídeo. “Este é um clube que congrega várias valências dos alunos: dançar, cantar e representar”.
“Flash de Leitura” nasceu da vontade de criar um espaço dedicado à leitura. As docentes Ana Paula Oliveira, Margarida Barreiros, Cristina Vieira e Liseta Costa uniram-se, formando o clube que decorre na EBS, semanal e presencialmente, e na secundária, mensalmente, no Teams; no site do clube é possível a inscrição por elementos da comunidade educativa que queiram participar e interagir, usando o fórum. Os seus elementos partilham leituras, leem em voz alta e respondem aos desafios propostos. Aos olhos dos alunos, este clube é um espaço leve onde partilham o amor pelos livros. Contribuir para a formação de um público leitor, crítico e criativo, incentivar o debate, ampliar o tempo de leitura e experienciar leituras interdisciplinares são alguns dos objetivos deste clube. “Acho que o melhor ingrediente é a liberdade. Forçados a ler livros que não nos interessam, ou termos de nos reunir mais, ia acabar por se tornar uma obrigação, o que não é de todo o objetivo do clube”, revela uma aluna.
Por sua vez, o “Clube de alemão” permite aos alunos conversar e “brincar”, enquanto adquirem conhecimentos da língua alemã. A interação entre os alunos é um dos principais ingredientes para funcionar bem. O clube “permitiu-me perceber que consigo envolver-me de forma entusiasta em assuntos escolares não obrigatórios. Trouxe-me motivação e mais envolvimento”, confessou uma aluna.
Já o Clube de Inteligência Emocional, dinamizado pelo professor Ricardo Camacho, pretende trabalhar o crescimento holístico dos alunos, através da educação e desenvolvimento de competências que proporcionem um melhor bem-estar pessoal e social contribuindo para a diminuição dos comportamentos de risco. “Temos a firme certeza de que a vontade que nos move dá corpo a um sonho: que os nossos alunos sejam os cidadãos criadores de um mundo melhor onde o bem-estar e o respeito por si próprio e pelos outros seja uma prioridade”.
Para os alunos, os clubes servem para fazer algo de que gostam, dentro do espaço escolar, sem avaliações ou obrigatoriedade.