Na abertura da “Semana Empresarial”, a Associação Comercial e Industrial inaugurou, na empresa “Friparque”, um segundo Laboratório Colaborativo que vai colocar os formandos a “ver, tocar e mexer” nos equipamentos.
A “Friparque”, empresa de peças e acessórios para eletrodomésticos, acolhe, desde a última sexta-feira, dia 7, o segundo “Laboratório Colaborativo”, criado pela Associação Comercial e Industrial de S. João da Madeira (ACISJM), no âmbito de uma Rede Escola – Empresa, e da edição deste ano da “Semana Empresarial” desta entidade.
Paulo Barreira, o presidente, e Álvaro Gouveia, dirigente da ACISJM, explicaram aos jornalistas que as visitas ao “FriLab” serão “sempre” agendadas pelo “Turismo Industrial Criativo”, ramo do projeto de Turismo Industrial do Município, que é parceiro da “Rede Escola-Empresa” da cidade.
Este laboratório pretende, segundo Paulo Barreira, “criar um ambiente de colaboração” entre empresas, instituições de ensino e investigadores, com o intuito de promover o avanço no campo da robótica aplicada ao contexto doméstico e das tecnologias de refrigeração. Considerou ainda que “a aproximação entre o ensino e o mundo empresarial é o rumo certo”.
Neste laboratório, serão realizadas pesquisas, testes e desenvolvimento de soluções inovadoras relacionadas com a automação, robotização e refrigeração para uso residencial. Através da colaboração entre empresas e instituições, será possível explorar novos conceitos e criar protótipos de produtos e serviços que utilizem a robótica para facilitar tarefas domésticas, otimizar a eficiência energética e melhorar o conforto e bem-estar dos utilizadores.
Segundo este responsável, o laboratório visa ainda impulsionar a formação de profissionais qualificados na área da robótica doméstica, criando oportunidades de aprendizagem e capacitação para estudantes e profissionais interessados nesse campo. “Além disso, é importante destacar que a atração de jovens talentos e a fixação dos mesmos na região são uma prioridade do projeto rede escola-empresa da ACISJM”.
Os profissionais da “Friparque” vão mostrar aos formandos, “que não são só alunos, mas podem ser também professores”, como funcionam e como podem ser reparados os eletrodomésticos que chegam à empresa para reparação. Ali, vão aprender a lidar com as situações e, “mais do que ver e ouvir, é contactar, mexer, tocar e criar emoções para que não se esqueçam”, e a juntar a tudo isto “aprendem a comunicar”, afiança Álvaro Gouveia.
Isaías Isaac, o dono da empresa de comércio e serviços, instalada na zona industrial da Devesa Velha, começou por salientar que a “relação” desta empresa com as escolas é “grande”. Mostrou ainda a sua disponibilidade para se deslocar com técnicos da sua empresa, no início do próximo ano letivo, às salas de aula das escolas dotadas de cursos técnicos, para ali “desmistificar um pouco o que fazemos, valorizar esse trabalho, explicar e mostrar”. Realçou ainda a disponibilidade para, durante o ano letivo, desenvolver visitas ao “Laboratório” e formações para os alunos.
“Semear para colher”
De salientar que o Laboratório Colaborativo de Frio & Robótica Doméstica pretende envolver estudantes e jovens profissionais interessados em tecnologia e inovação, oferecendo oportunidades de aprendizagem, estágios e colaboração direta com as empresas participantes.
Ao ligar o ambiente académico com o setor empresarial, o projeto visa incentivar o interesse dos jovens pela área da robótica e tecnologias de refrigeração, bem como fornecer uma perspetiva prática sobre as possibilidades de carreira nesses campos.
Álvaro Figueiredo referiu que, no primeiro semestre deste ano, o Laboratório Colaborativo de Robótica, instalado na sua empresa “CEI”, recebeu 260 visitantes. “São números surpreendentes. Isto passou para fora dada cidade. Tivemos escolas de Valongo, Leiria, e até mesmo do estrangeiro”.
Jorge Vultos Sequeira, presidente da Câmara Municipal de S. João da Madeira, definiu como “fundamental” essa ligação, tendo louvado a ACISJM pelo “dinamismo” posto no encaminhar dos mais novos para as unidades produtivas. Uma questão de “semear para se colher e beneficiar destas atividades no futuro”, disse o autarca.