Depois de ter sido a número um dos bloquistas à Assembleia de Freguesia em 2017, Belmira Ferreira volta a apresentar-se quatro anos depois. A sanjoanense, de 49 anos, assume-se preparada para o desafio, prometendo uma junta de proximidade.
Jornal O Regional - Está preparado/a para ser o próximo presidente da Junta de Freguesia?
Belmira Ferreira - Claro que sim. Os candidatos e candidatas do Bloco de Esquerda estão preparados para assumir todas as responsabilidades que a população nos decida atribuir. O Bloco de Esquerda apresenta esta candidatura exatamente porque pretende dar o seu contributo a esta freguesia.
Quais os seus projetos para a função a que se apresenta?
As candidaturas do Bloco de Esquerda apresentam-se com várias prioridades. Queremos um concelho onde a habitação é um direito; justo, solidário e inclusivo; com mobilidade; mais acesso à saúde e educação; promover o bem-estar animal.
A Junta de Freguesia, dentro das suas competências, pode e deve promover políticas para concretizar estas prioridades.
Na área social, deve rever alguns dos programas solidários, já existentes, para garantir que mais pessoas são abrangidas.
O alargamento da abrangência dos programas e apoios sociais permitem que todas as pessoas, com rendimento abaixo do limiar de pobreza (540€ mensais), tenham automaticamente acesso a estes.
Deve ter um gabinete de assistência social, que presta ajuda (sempre que possível), esclarece e reencaminha para outro tipo de respostas como a assistência social, o centro de saúde, ou outros, mediante a situação.
Precisa ter um serviço de porta aberta, de maior proximidade com as pessoas, ajudando-as a perceber e a aceder aos seus direitos e benefícios sociais; no preenchimento do IRS, de requerimentos, de documentação; a aceder ao cartão sénior; a aceder e a pesquisar online.
Descentralizar (criando este serviço de porta aberta em diversas áreas geográficas do concelho) e diversificar as atividades deste gabinete. Fomentar a prestação de serviços e cuidados, para os estudantes da freguesia, tais como: atividades de tempos livres; campos de férias e promoção de férias desportivas; centro de estudos que presta apoio diário ao estudo e à realização dos trabalhos de casa.
Programas culturais e recreativos para a população sénior da freguesia, onde se incluem visitas a museus; saída para almoço; serviço de teleassistência; aulas de ginástica e atividades que promovam o exercício físico.
Ampliar o programa de transporte dos utentes, nas suas deslocações ao médico, ao hospital, à fisioterapia.
Workshops e atividades formativas para a comunidade em geral (com a promoção de aulas de informática, de línguas, de música, entre outras).
Requalificação dos tanques públicos, uma vez que estes ainda servem a população.
Artigo disponível, em versão integral, na edição nº 3855 de O Regional, publicada em 2 de setembro de 2021