Cultura e Lazer

Sapatos, chapéus e vestidos de Amália nos Museus do Calçado e Chapelaria

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O Museu do Calçado, já tem em exposição um de vários exemplares do calçado da fadista Amália Rodrigues. Trata-se de uma homenagem que decorrerá ao longo deste ano, e contará, ainda, com várias iniciativas que vão dar a conhecer Amália

Decorreu terça-feira, dia 18, no Museu do Calçado, a sessão de assinatura de um protocolo de colaboração entre a Câmara de S. João da Madeira e a Fundação Amália Rodrigues. Uma sessão que deu início a um conjunto de atividades de homenagem à rainha do fado (1920-1999).
Esse acordo vai traduzir-se na realização, ao longo de 2022, de um conjunto de iniciativas sobre Amália Rodrigues, que o público poderá acompanhar no Museu da Chapelaria e no Museu do Calçado.
Neste âmbito, já está em exposição, por exemplo, uma soca de palco de Amália Rodrigues, no núcleo “Sapatos Notáveis” do Museu do Calçado. E haverá também a exposição “Amália Mulher”, para ver na sala dos Usos Sociais do Museu da Chapelaria. Paralelamente, serão apresentados seis sapatos de Amália Rodrigues no Museu do Calçado, onde, em setembro, é exposto mais um exemplar de calçado usado pela fadista no núcleo “Sapatos Notáveis”, encerrando, dessa forma, o ciclo de exposições de 2022 nos museus de S. João da Madeira.
De salientar que da coleção Amália Rodrigues destacam-se os 17 sapatos de palco, os quais revelam a intenção da fadista em disfarçar o seu 1,58 mt de altura. Na verdade, quem a via ficava com a ideia de ser uma mulher alta, graças às plataformas de marca “Mabel” que, medindo entre 15 a 17 cm, eram produzidas especialmente para ela, em Portugal.
“A Amália era uma artista que dava muita importância à forma como estava em palco, e a sua presença física, artística, era muito importante para, além do valor da sua interpretação”, assumiu o autarca de S. João da Madeira. Para Jorge Vultos Sequeira é essa dimensão que o município sanjoanense pretende “agora aqui registar no Museu da Chapelaria, através de chapéus que a Amália usava, e no Museu do Calçado através dos seus sapatos”.
O autarca não escondeu a satisfação da assinatura deste protocolo, e prometeu “cuidar muito bem” do acervo, que ficará nos dois museus que vão ser agora mutuamente valorizados”, pois acredita que foi dado mais um passo na valorização destas duas estruturas culturais de S. João da Madeira.

Ar­tigo dis­po­nível, em versão in­te­gral, na edição nº 3875 de O Re­gi­onal,
pu­bli­cada em 20 de janeiro de 2022

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