Sociedade

Portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida reclamam pela“falta de civismo” dos condutores

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Dificuldade nas acessibilidades e mobilidade na cidade continuam a ser os assuntos mais relevantes de alguns portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida, que se deparam com “obstáculos” que os impedem de livre circulação.

“O que mais me preocupa são os acessos, em especial às lojas. Na rua da Liberdade, por exemplo, que liga a Praça Luís Ribeiro à Casa da Criatividade, podiam ter colocado plataformas de entrada para permitir acesso a estas casas comerciais”, reage Paulo Bacalhau.
Este sanjoanense explica a “O Regional” que o seu descontentamento não fica por aqui e aponta o dedo aos condutores que estacionam as viaturas em rampas de acesso das cadeiras de rodas. Bacalhau diz que o Município tem vindo a apostar na “eliminação das barreiras nas passadeiras com o seu rebaixamento”. Lembra a aposta do Município nas passadeiras inteligentes, que emitem sinalização luminosa aos automobilistas, quando se verifica a aproximação de transeuntes. Há ainda passeios com piso tátil para invisuais, que lhes permite detetar a proximidade das vias e as passagens para peões, explica.
Mas, relativamente à mobilidade, Paulo alerta para um outro problema que considera “muito Importante” e que se prende com os acessos do comboio. “O Vouguinha não tem plataforma elevatória como as ambulâncias”, o que no seu entender “impede muitas pessoas portadoras de deficiência de se deslocarem até à cidade. Há uma inclinação de 80 centímetros, a carruagem tem três enormes degraus. Há muito que sugeri uma plataforma elevatória elétrica. Nunca avançaram. Ignoram. A CP reporta a responsabilidade para a REFER. Esta empresa declina responsabilidade, afirmando tratar-se de um assunto da responsabilidade do promotor de Mobilidade CP”, enfatiza.
Mas Bacalhau diz que o problema de “inacessibilidade” também se verifica nos transportes da Transdev. “Este é outro problema. Tentei encontrar soluções com o operador e nada. Só promessas. Nada concretizável”, lamenta.
Relativamente ao estado de alguns passeios, onde as “raízes das árvores”, em alguns casos, já levantam o alcatrão, reforça que “não existe muito a fazer, pois é o crescimento natural das árvores”, e as raízes, com o passar dos anos, “vão-se manifestando”, remata.

Ar­tigo dis­po­nível, em versão in­te­gral, na edição nº 3870 de O Re­gi­onal,
pu­bli­cada em 16 de dezembro de 2021

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