Pedro Nuno Santos escolheu a terra natal para o arranque da campanha às eleições internas do PS, tendo como slogan ‘Portugal Inteiro’.
Falou de como a sua identidade se confunde com o ADN de S. João da Madeira, deixou críticas à direita, lembrou obra feita e apontou desafios: resolver os problemas do SNS e da Educação, aumentar salários ou apostar na tecnologia, inovação e ciência para uma economia mais competitiva e que permita fixar jovens no país.
A campanha à liderança do PS não poderia ter começado noutro local, como o próprio Pedro Nuno Santos admitiu no discurso. Na Casa da Criatividade esta quarta-feira à noite e com o slogan ‘Portugal Inteiro’, o candidato a secretário-geral do PS contou com casa cheia de militantes de vários pontos do distrito mas também de outras regiões. Em S. João da Madeira, repetiu parte da fórmula do discurso de apresentação da candidatura que tinha feito há pouco mais de uma semana no Largo do Rato, realçando as suas raízes. “Começa hoje a nossa campanha junto dos militantes do PS. Vamos todos os dias a cada um dos distritos e regiões do país, mas não podia começar em lado nenhum que não fosse a minha terra e o meu distrito”, destacou. Um concelho e uma região “de trabalhadores e de empresários, de gente que quando cai se sabe reerguer, de gente que sabe criar e sabe produzir. Esta terra fez aquilo que sou hoje”, declarou.
Pedro Nuno Santos falou sobre o trabalho realizado pelo PS no Governo nos últimos anos, sublinhando conquistas como o aumento do Salário Mínimo Nacional, a política de “contas certas” ou a “criação de mais de 600 mil empregos” desde 2015. Deixou críticas à direita, admitiu que as eleições legislativas surgem num “momento difícil” e reconheceu que há caminho a percorrer para resolver “problemas muito concretos”, como os que se vivem no Serviço Nacional de Saúde ou na Educação. Para Pedro Nuno Santos, é preciso aumentar salários - “que não subiram o suficiente”-, mas também promover uma economia mais competitiva, apostando na “ciência, tecnologia e na investigação”, que permita fixar jovens no país.
Com uma candidatura com o lema 'Portugal Inteiro', o socialista lembrou os operários, as mulheres, os que mais precisam e os que deles cuidam para reforçar que “todos os portugueses merecem respeito e reconhecimento” e que lidera um projeto que “não deixa ninguém para depois”. “Temos que conseguir ser um Portugal inteiro, um Portugal que não discrimina, que não é só Lisboa, um Portugal que é também S. João da Madeira, que é também Arouca, que é também o interior, um Portugal Inteiro”, afirmou.
Jorge Sequeira, presidente da Câmara Municipal de S. João da Madeira e líder da Federação Distrital de Aveiro do PS, não escondeu a “alegria de receber em S. João da Madeira o futuro secretário-geral do PS e primeiro-ministro de Portugal”. O edil agradeceu a forma como Pedro Nuno Santos, na apresentação da candidatura no Largo do Rato, assumiu “com paixão a ligação a S. João da Madeira”, terra de “trabalho, iniciativa e audácia”. Sequeira deixou uma palavra de “gratidão” a António Costa, que considera ser “um dos grandes estadistas do nosso tempo”, para frisar que o governo PS, a 7 de novembro, “não foi derrubado pelo povo”.
O autarca entende que Pedro Nuno Santos é o homem certo para liderar o PS e também para vencer as legislativas agendadas para 10 de março de 2024, destacando a experiência que acumulou no seu percurso político, desde presidente da Assembleia de Freguesia de S. João da Madeira e vereador da autarquia, até secretário de estado dos Assuntos Parlamentares, onde exerceu “um papel decisivo” na estabilidade governativa, e Ministro da Habitação e das Infraestruturas, cargo onde abraçou uma “espinhosa” missão. Pela “capacidade de escutar e dialogar” e pela “procura incessante de pontos de encontro e de diálogo”, Jorge Sequeira considerou que Pedro Nuno Santos “tem a convicção, carisma e força necessários” para liderar o PS. “Peço que acreditemos no futuro e que, até ao dia 10 de março de 2024, estejamos ao lado do Pedro Nuno Santos, rumo à vitória nas eleições legislativas, com um PS inteiro, para construirmos um Portugal inteiro, justo, fraterno e solidário”, frisou.