Sociedade

Nova rede de autocarros provoca o “caos” no Centro Coordenador de Transportes

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A nova rede de autocarros UNIR, da Área Metropolitana do Porto, já arrancou, e com ela várias incertezas, quanto à rota para determinados destinos na região. As queixas dos utilizadores multiplicam-se e o “caos” instalou-se no Centro Coordenador.

“Uma vergonha. O autocarro das 6h15 da manhã não apareceu hoje, de S. João da Madeira para o Porto. Tinha motorista e não havia autocarro. Vergonha. Alguém que faça alguma coisa. A Câmara Municipal tem que ajudar a população. Muitas pessoas apresentaram-se lá a esta hora para irem para os seus empregos. Só tivemos transporte as 06h45. Autocarro cheio e muitas pessoas ficaram no cais, por não haver lugar no mesmo”. A indignação é de Cláudia Pereira logo no primeiro dia do funcionamento da nova rede de autocarros UNIR, da Área Metropolitana do Porto (AMP), a que se juntam muitas outras nas redes sociais da nova empresa, onde se multiplicam diariamente os comentários, que dão conta dos atrasos e alterações nesta divulgação de escalas horárias.
A nova rede de autocarros arrancou com os seus serviços na última sexta-feira, dia 1, depois de um concurso público lançado em 2020, apontado como uma “grande revolução” no transporte rodoviário de passageiros na região. O certo é que o arranque das operações tem ficado marcado com fortes críticas por parte dos utilizadores e, de acordo com muitos cidadãos, o Centro Coordenador de Transportes em S. João da Madeira tem vivido, desde a abertura, um “verdadeiro caos e com ânimos exaltados”, devido ao clima de insatisfação devido à ausência de autocarros para o transporte de muitos jovens para os estabelecimentos de ensino, ou para decolações para unidades de saúde no grande Porto.
O lote 5 da rede de autocarros UNIR agrega as cidades de S. M. Feira, Oliveira de Azeméis, S. João da Madeira e Vale de Cambra é não é exceção às críticas.
Filipa Oliveira era outra das vozes descontentes no Centro Coordenador. Utiliza diariamente a linha S. João da Madeira Porto para se deslocar até ao local de trabalho e não esconde a “desilusão” com o arranque da nova rede de transportes UNIR. “Prometiam mais veículos em circulação, tempos de espera mais curtos, uma área de cobertura alargada, mais qualidade no serviço e mais horários, mas o que se nota desde o arranque da operação é um verdadeiro caos”. Para esta utilizadora os novos horários “não respondem” às necessidades reais dos utilizadores “e é com espanto que verifiquei a supressão de horários (na linha S. João da Madeira Porto) que sempre tiveram bastantes utilizadores e que muitas vezes iam quase lotados”.

Poderá ter acesso à versão integral deste artigo na edição impressa n.º 3965, de 7 de dezembro ou no formato digital, subscrevendo a assinatura em https://oregional.pt/assinaturas/
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