Sociedade

Isidro Silva foi sacristão na cidade mais de 30 anos

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Foram mais de 30 anos de dedicação intensa à igreja. Todos o conhecem e respeitam. Isidro Silva, de 88 anos, desempenhou funções de sacristão na igreja de S. João da Madeira até ao inicio da pandemia.

Subia várias vezes ao dia mais de 50 degraus para tocar o sino. Ou para a missa das sete da manhã ou para os funerais. Isidro Silva desempenhou funções de sacristão na paróquia de S. João da Madeira cerca de 30 anos.
Com pandemia decidiu retirar-se do cargo, mas não da igreja. “As pernas já não são o que eram, e os anos também já cá pesam”, diz, sorridente na entrada da Matriz.
Todos o conhecem. Enquanto falava a ‘O Regional’ ia cumprimentando, em simultâneo, quem por ali passava, enfatiza.
A sua dedicação ao cargo aconteceu quando o padre António Moura de Aguiar ainda assumia os destinos da paróquia. Cresceu no seio de uma família religiosa e foi, desde sempre, habituado a ir à missa. No entanto, só por volta dos 56 anos é que começou a ajudar na igreja. “O Padre Aguiar pediu-me várias vezes para eu vir para cá para o ajudar. Adiei sempre”. Um dia falou do assunto com a família e acabou por aceitar. “Eu era simplesmente um cristão, de pratica dominical”. Não sabia, na verdade, “nada de nada” do que era ser sacristão. “Eu andava encantado. O que o padre mandava fazer eu fazia. Numa altura em que ele se encontrava doente, fui muitas vezes levá-lo de carro, quando ia sacramentar alguém que estava a falecer.

Ar­tigo dis­po­nível, em versão in­te­gral, na edição nº 3872 de O Re­gi­onal,
pu­bli­cada em 1 de janeiro de 2022

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