“HELP-U” é uma associação criada por sanjoanenses que tem como principal objetivo estruturar toda a ajuda aos ucranianos que queiram vir para S. João da Madeira, e aos que já escolheram esta cidade para viver longe da guerra.
Portugal está unido, de norte a sul do país, na ajuda aos ucranianos. S. João da Madeira não é exceção. Um grupo de sanjoanenses, que envolve empresários, políticos, juristas e outros cidadãos sanjoanenses anunciaram a criação de uma associação em S. João da Madeira para coordenar toda a ajuda disponibilizada e satisfazer os pedidos de apoio no âmbito da invasão da Ucrânia.
“HELP-U” assim se vai chamar a associação humanitária “sem fins lucrativos”, que será oficializada ainda esta semana, pretende dar seguimento à ação que a Câmara Municipal de S. João da Madeira realizou no último fim-de-semana. “Será uma associação de carácter humanitário para refugiados da guerra e de outras catástrofes que existam”, assegurou fonte da nova associação a ‘O Regional’.
A sede da nova associação foi cedida pela Câmara Municipal é, ao que tudo indica será na loja da Oliva, onde estão a ser recolhidos os bens doados. A ata de constituição deverá ser feita na próxima semana, altura em que a associação estará já operacional. “Pretendemos, o quanto antes, agregar esforços de empresas, associações, particulares, e de todos aqueles que queiram ajudar, permitindo dar seguimento ao acolhimento e apoio às pessoas que já vieram da Ucrânia, às que ainda vão chegar, e para promover outras ações”, numa altura em que chegam novos refugiados a S. João da Madeira que fugiram da guerra.
Associação irá trabalhar em rede
A forma como vai funcionar a plataforma “HELP-U” será divulgada detalhadamente nos próximos dias no “site” da associação nas redes sociais - “para que as pessoas que tenham disponibilidade, sejam elas de emprego, alojamento, (…) possam unir-se a esta causa”. A entrega de bens será articulada com o Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM), da Junta de Freguesia.
Um dos responsáveis pela associação explica também a ‘O Regional’ que, “brevemente”, os sanjoanenses serão convidados a aderir, “contribuindo com aquilo que puderem“, e uma das contribuições pode ser em “tempo, para que, de forma coordenada, seja possível produzir resultados”.
Além da autarquia sanjoanense, a associação pretende ainda estabelecer parcerias com municípios vizinhos - permitindo desta forma um trabalho em rede, “para que todos sintam que deram um bocadinho de si para minimizar o sofrimento destas pessoas”.
Relativamente aos donativos a associação disponibilizará uma conta bancária da autarquia. Numa primeira fase, procederá à identificação de recolha das pessoas que necessitam de ajuda, depois transportar as mesmas para S. João da Madeira. O passo seguinte passará por “acolher e redistribuição” dos refugiados pelas “escolas, postos de trabalho, permitir que tenham as necessidades básicas satisfeitas, apoio jurídico, integração, apoio social (…)”.
De salientar que a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia de S. João da Madeira, em articulação com os Bombeiros Voluntários da cidade e várias entidades e cidadãos, desenvolvem atualmente uma missão humanitária de resgate de ucranianos que fogem da guerra no seu país. No último sábado, saiu de S. João da Madeira o autocarro do Município, que se encontra sob gestão da Junta de Freguesia, prevendo-se que esteja de regresso ainda esta semana, com os 42 cidadãos da Ucrânia.
A missão humanitária sanjoanense é chefiada por Normando Oliveira, Coordenador Municipal da Proteção Civil, e por Vítor Cabral, do Gabinete de Apoio à Vereação da Câmara Municipal, que acompanha o resgate de 42 pessoas ucranianas, que se encontram em Varsóvia, na Polónia, a aguardar viagem para Portugal.