Sociedade

Feriado levou milhares de pessoas aos cemitérios

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Cumpriu-se, em S. João da Madeira, a tradição de muitas famílias de visitarem os entes queridos falecidos nos três cemitérios da cidade, no dia um de novembro.

É um dia em que os vivos homenageiam os mortos. São muitos os que mantêm a tradição de visitarem os cemitérios para lembrar os que partiram, no Dia de Todos os Santos, que se assinalou na última sexta-feira, dia 1. Os três cemitérios municipais receberam milhares de pessoas, que aproveitam o feriado para anteciparem o dia dos Fiéis Defuntos, que se assinala dia 2 de novembro.
A enfeitar um jazigo de família de véspera, Lídia Pinho, 55 anos, e a mãe, Maria Pinho, de 82, revelaram a 'O Regional’ que este dia é de lembrar quem partiu, mas de “muita vaidade desnecessária”. Investem sempre um pouco mais nesta altura, porque “as flores também estão mais caras” e dizem que o dia também “é de muitos olhares”. Fazem questão de “enfeitar a sepultura” com mais flores e um “cuidado diferente”. As idas ao cemitério são, para Maria Pinho, uma rotina permanente. “Todas as semanas venho cá, limpar e cuidar. Mas passo cá praticamente todos os dias para ver se está tudo bem”, explicou também, de véspera, Maria Pinho a 'O Regional', no cemitério n. 1. Ao lado dois molhos de crisântemos comprados no mercado municipal e um saco com velas. “É a flor deste dia há muitos anos e colocamos uma vela a arder por cada familiar que aqui está”, explicava. Do outro lado da rua, no cemitério N.2, as velas e as flores já coloriam o mármore de um outro jazigo. Apesar de se deslocar ao cemitério todos os domingos para visitar os pais, Rosa Teixeira, de 65 anos, revela que “não podia deixar passar estes dias sem uma visita. É um sentimento forte, e é uma forma de manter a ligação de família e de união” que, por incrível que pareça, “encontram-se muitas vezes neste dia”, explica.
A tradição deste dia remonta ao século V, quando a Igreja começou a dedicar um dia do ano para rezar pela alma de todos os mortos, caídos no esquecimento, pelos quais ninguém rezava.
O corrupio de pessoas, carregadas de arranjos florais, era visível junto das entradas, dos cemitérios, dia 31. A maioria das sepulturas já se encontravam preparadas para receber apenas os arranjos para as celebrações.

Poderá ter acesso à versão integral deste artigo na edição impressa n.º 4009, de 7 de novembro de 2024 ou no formato digital, subscrevendo a assinatura em https://oregional.pt/assinaturas/
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