Sociedade

Autoescada dos bombeiros já está reparada e operacional

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Despesa suportada pela associação humanitária e pela Câmara Municipal. Alternativa seria adquirir um novo veículo, que “custaria cerca de 1 milhão de euros”, como revelou o presidente da autarquia – e também responsável máximo da proteção civil

Já está de novo operacional o autoescada dos Bombeiros Voluntários. Uma notícia com “especial impacto” numa cidade como S. João da Madeira, cujo território é marcadamente urbano, apresentando muitas habitações em altura, e industrial, com muitas instalações fabris de grande envergadura.
Para assinalar o facto, o presidente da Câmara de S. João da Madeira, Jorge Vultos Sequeira, deslocou-se ao quartel operacional da corporação sanjoanense, nas Travessas, onde, juntamente com os responsáveis dos Bombeiros, destacou a importância do investimento realizado na reparação do equipamento.
Questionado pel’ 'O Regional', o autarca revelou que a reparação do equipamento resultou de “um esforço conjunto da Câmara e da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários”, tendo a despesa global orçado em “cerca de 50 mil euros”, com “uma comparticipação 21.600 euros” do município.
O restante financiamento foi garantido pelos corporação, à qual Jorge Vultos Sequeira reconhece e agradece “todo o grande esforço que fez ao longo destes anos para garantir a sustentabilidade” das suas contas, palavras ao presidente e ao comandante dos “soldados da paz” sanjoanenses.
“A aquisição de uma autoescada nova custaria cerca de 1 milhão de euros e, portanto, com esta intervenção conseguimos, por um valor muito inferior, ter um meio apto para as necessidades que se colocam”, frisou ainda o presidente da Câmara, que é também o responsável máximo pela proteção civil no concelho.

Altura “entre sete e oito andares”

“A autoescada é um meio de resposta muito importante numa cidade que tem edifícios em altura como a nossa”, frisou o edil, acrescentando que a reentrada “ao serviço” da autoescada vem “melhorar a prontidão e a capacidade operacional dos Bombeiros Voluntários de S. João da Madeira”.
Esta perspetiva foi confirmada pelo comandante Normando Oliveira, que, juntamente com o presidente da Direção dos Bombeiros, Carlos Coelho, acompanhou o autarca nesta deslocação ao quartel operacional das Travessas, tendo testado, com a colaboração de elementos do corpo ativo, o funcionamento da autoescada.
Normando Oliveira reforçou que esta reparação, que se prolongou por cerca de seis meses, permite que o veículo em causa – ao serviço da corporação desde 1997 – volte a “cumprir a sua missão o mais cabalmente possível”. O comandante dos bombeiros adiantou que a intervenção realizada incidiu “principalmente a parte hidráulica” desta autoescada que tem 31,20 metros, permitindo alcançar uma altura “entre oito a nove andares”.

“Mais tranquilos”

Nos cerca de seis meses que durou a reparação, qual seria a solução caso houvesse necessidade de recorrer a este género de veículos em S. João da Madeira? Em resposta a esta pergunta de “O Regional”, Normando Oliveira adiantou que “foi dado conhecimento” da situação ao comando da Área Metropolitana do Porto e a todos os corpos de bombeiros da nossa zona que têm este meio, de forma que, em caso de necessidade, “pudessem ser rápidos a colocar esse meio em S. João da Madeira”.
Mesmo com essa garantia da colaboração de outras corporações com veículos similares, o facto de a autoescada estar de novo operacional deixa todos “mais tranquilos”, como afirmou o presidente da Câmara, salientando tratar-se de “um bom dia para a nossa cidade, para o nosso sistema de proteção civil”.
O autarca recordou que “este investimento junta-se a um conjunto de outros que têm sido feitos ao longo dos últimos anos”, dando como exemplos a substituição de viaturas e a aquisição da máquina de ar comprimido, que custou “cerca de 20 mil euros”, tendo sido “financiada a 100% pela Câmara Municipal em 2019”, o que “melhorou a capacidade de resposta a incêndios urbanos e a incêndios industriais”, pois “garantiu à corporação ter autonomia para reabastecer as botijas de oxigénio dos seus bombeiros”.

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