“A única alteração será o não haver o beijo da cruz”

Depois de dois anos sem acontecer, o compasso Pascal volta a realizar-se este ano em S. João da Madeira. 23 cruzes percorrerão as casas dos sanjoanenses, mas sem o beijar tradicional

Jornal O Regional - O Compasso Pascal volta a realizar-se este ano. O anúncio foi feito recentemente pela Conferência Episcopal Portuguesa. De que forma vai ser assinalada a Páscoa em S. João da Madeira?
Padre Álvaro Rocha – É verdade. Ainda antes da Conferência Episcopal Portuguesa ter publicado a nota pastoral, a nossa decisão de retomar o compasso estava tomada, desde que o nosso bispo autorizasse. A nossa preocupação era a evolução da pandemia. Em S. João da Madeira, a Páscoa terá o seguinte programa: amanhã, sexta-feira, dia 8, às 21.30h, haverá, na Igreja Matriz, uma catequese para toda a comunidade - “A memória da Paixão de Cristo: princípio e crise da Igreja” - Catequese sobre a Cruz, na Igreja Matriz – será apresentada pelo Padre Nuno Ventura, Passionista. Esta catequese destina-se a toda a comunidade paroquial e servirá de preparação para a vivência da Semana Santa. Já no dia 10, domingo, irá realizar-se a Bênção de Ramos, às 11h, no exterior da Capela de Santo António. Depois organiza-se procissão de Ramos para a Matriz.
Queria sublinhar que a Via Sacra terá este ano um modelo diferente, para evitar os grandes ajuntamentos, porque ainda precisamos de atender às orientações da DGS. Assim, em vez de um só itinerário, haverá 14 diferentes itinerários, saindo de zonas limítrofes e todos a convergir para a Matriz. Queremos evitar o perigo da multidão.

Quantos compassos vão sair e envolve quantas pessoas?
No domingo, dia 17 de abril, vão sair 23 cruzes de visita pascal, com 4 ou 5 elementos cada, envolvendo no total uma centena de paroquianos. A única alteração na visita às casas será o não haver o beijo da cruz, que será substituído por um gesto de adoração.

O mesmo vai acontecer relativamente à celebração da Semana Santa?
A única pequena mudança será a bênção de ramos ser no exterior da Capela de Santo António, e, depois, haver procissão para a Igreja Matriz. Em quinta-feira santa haverá o lava-pés, em sexta-feira santa realiza-se a adoração da cruz sem a beijar.

Ar­tigo dis­po­nível, em versão in­te­gral, na edição nº 3886 de O Re­gi­onal,
pu­bli­cada em 7 de abril de 2022